2012, no Horóscopo Chinês, tão pródigo em dedicar anos aos animais, vai ser regido pelo poderoso dragão, que profetiza um período de felicidade, alegria, muito sucesso nos negócios e metas alcançadas na vida pessoal. Nada mais auspicioso para quem acredita em tradições seculares orientando comportamentos e atitudes.
Javali, boi, rato, tigre, coelho, cavalo, carneiro, cachorro, galo, macaco, serpente… Cada um tem sob sua regência grupos de indivíduos que nasceram em determinados anos, aos quais conferem características de personalidade e previsões.
Mais familiares aos ocidentais são os antiquíssimos signos do Zoodíaco (aliás, Zoodíaco, quer dizer, Caminho dos Animais em grego), que seguindo a mesma função do Horóscopo Chinês, também são representados na maioria dos meses por um animal: cabra (Capricórnio), carneiro (Áries), peixes, leão, touro, escorpião e até um molusco, o caranguejo. Não é uma questão de escolha pessoal, o “destino” é que determina qual vai ser o seu bichinho de estimação, seguindo a rota dos astros na hora do seu nascimento.
A moda também está sob a influência dos animais, principalmente, os selvagens que “emprestaram” (ainda “emprestam”?) literalmente suas peles para compor, sob o pretexto de isolar o frio das silhuetas humanas, uma produção sofisticada. Ou inspiram estampas que são sucesso temporadas seguidas. Estas imagens, ao capturarem o exotismo de regiões distantes do cotidiano de quem vive no cenário urbano, se transformam em alvo para “caçadoras”, que buscam nelas uma forma, bastante prática, na verdade, de mostrar o seu lado selvagem e poderoso.
Não por acaso, as estampas de animais viraram um clássico da moda – podem estar mais fortes numa estação do que em outra, mas, têm permanência assegurada na sucessão de décadas de passarela.
Outra motivação, esta recente, para designers direcionarem sua inspiração à fauna surgiu com a preocupação, cada vez mais generalizada, de se preservar o equilíbrio ambiental. A camiseta, a grande bandeira dos que querem protestar contra … o quê mesmo?, é a peça preferida para se estampar imagens de aves e animais em risco de desaparecer do planeta Terra. O objetivo é despertar afeto pela Natureza, para que este carinho ajude a conservar habitats de espécies em vias de extinção – inclusive a humana. O estilista curitibano Jefferson Kulig lançou uma coleção Premium de camisetas com este foco.
Enquanto isso, duas outras estilistas, também de Curitiba, Denise Bianco e Lorenza Andreazza Borges, que dividem o comando da grife de maiôs e biquínis DeBianco, desenvolveram para o verão 2012, uma coleção sui generis. Com o tema “Eu e meu cão, um caso de amor”, elas se aproximaram do público de seu produto de uma forma extremamente emocional. As peças são estampadas com fotografias de cães selecionados pelas próprias clientes, que fizeram um ensaio especial para esta linha, que reproduz charmosos bichinhos de estimação de raças como Poodle, Dachshund, Labrador, Dogo Argentino e Schnauzer.
Voltando às tradições culturais milenares, citadas nos primeiros parágrafos, – são nelas que reproduções de animais surgiram nos primeiros capítulos da arte da joalheria. Serpentes, panteras, leões, entre outros, se transformaram em anéis, braceletes e colares.
Joalheiros franceses, como Boucheron e Cartier, foram seguidores desta inspiração, que teve e continua tendo adeptos em vários ateliers, como o de Maria Dolores. A designer investiu talento numa série bem completa de espécies para que, desta vez, ao contrário do fatalismo dos signos do Zoodíaco, cada um possa escolher o seu “bichinho de estimação” e carregá-lo bem juntinho de si.
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