Caros leitores da Gazeta do Povo,
Estreio esta coluna com muita alegria e uma promessa: lutar contra o bom-mocismo que mais atrapalha do que ajuda o Brasil.
Aqui para mim, não há figura que mais tediosa que o ativista em prol do mundo melhor, o guerreiro da justiça social, o homem cheio de certezas, boas intenções e vontade de levar a humanidade à pureza e à perfeição.
Tão apaixonado por suas receitas de melhoramento humano, o bom mocinho não contém a tentação de legislar sobre a vida alheia. E assim transforma a sociedade num “inferno de salvadores”, como diz o filósofo Emil Cioran.
Nesse inferno, diz Cioran, “todos se esforçam por remediar a vida de todos; as calçadas do mundo e os hospitais transbordam de reformadores”.
Nem sempre, mas quase sempre o herói da virtude defende propostas que são tiros no pé. Não percebe que por trás de suas ideias bem intencionadas há um cemitério de consequências imprevistas que pioram situações já ruins.
Pretendo me concentrar nessas ideias e propostas ruins, e também questionar o direito dos guerreiros da justiça social de legislar sobre a nossa vida. Por melhores que sejam seus projetos e intenções, não é correto que ele tente impor suas preferências aos demais cidadãos.
Um abraço e boa leitura,
Leandro Narloch
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