FEMINISTAS LULA
Feministas passam pano para as asneiras machistas ditas por Lula: imagina se fosse o Bolsonaro…| Foto: Grok
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— Meninas, aqui está seu instrumento de trabalho — diz Amanda, a Femi Alfa, entregando às demais um kit contendo um balde cheio de lágrimas, um frasco de detergente vegano e, claro, um pano.

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Mas não é um pano qualquer. É um pano bordado com a estrela do PT numa das faces e a foice e o martelo da outra. Feito com material moralmente poroso e capaz de absorver toda e qualquer asneira dita por homens de esquerda, ainda mais o Lula, o pano tem tecnologia desenvolvida numa parceria entre o Instituto de Economia da Unicamp e a Fundação Perseu Abramo.

Ao trabalho!

— Ao trabalho! — grita Amanda e as meninas se põem a procurar as nojentas manchas do vômito misógino de Lula. Coisas que, na boca de qualquer Tiozão do Churrasco (ou de Bolsonaro), fariam as meninas arrancarem os pelos da axila com pinça. Mas que na boca de Lula ou de qualquer cumpanheiro... — Esfreguem! Esfreguem! Esfreguem! — ordena a Femi Alfa, sentindo-se no comando de uma galera. A embarcação romana, não a gíria.

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A primeira a encontrar uma mancha esverdeada, mistura de ignorância, truculência e o velho e bom (?) machismo esquerdista, intolerável nos outros, em mim ou em você, mas não em Lula, é Nicole – recém-formada em sociologia pela UERJ, tadinha. Ela solta um gritinho no limite do ultrassom (19.999 Hz) enquanto as demais se ajoelham ao seu redor.

Do tempo da Anistia

— O que foi que ele disse aí? — pergunta Amanda, para efeitos cronísticos e burocráticos.

— “Eu vou papar a nora desse cara” — responde Nicole.

— Essa é antiga. De 1979. Da época em que Lula e a esquerda pediam anistia. Ah, as voltas que o mundo dá. Esfreguem! Esfreguem! Esfreguem! — ordena a líder e as meninas obedecem.

Que nojo!

A ingênua Nicole até pensa em perguntar “o que significa ‘papar’?”, mas tem de se conter. Porque logo se ouve outro grito.

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— Ui, que nojo! Acho que vou vomitar.

— O que foi, Vandra? — pergunta a Femi Alfa. Sim, Vandra. Mistura de Vânia com Sandra.

— “Foram na casa da Clara Ant, sabe? A Clara estava dormindo sozinha quando entraram cinco homens lá dentro, ela pensou que era um presente de Deus e era a Polícia Federal”. O Lula disse mesmo isso, Amandinha? O nosso Lula? Não posso acreditar!

— Esfreguem, esfreguem, esfreguem! — manda a líder antes que as meninas percebam que vivem numa prisão de hipocrisia e, sei lá, deem um golpe de Estado.

Tábata

E assim a Femi Alfa e sua trupe de femis betas passam o dia limpando as cacas retóricas do Lula. Sim, as retóricas, porque as concretas terão de ficar para semana que vem. “Mulheres de grelo duro”? Esfreguem, esfreguem, esfreguem! “Quer bater em mulher? Vá bater em outro lugar, mas não dentro da sua casa ou no Brasil”? Esfreguem, esfreguem, esfreguem! “Os maridos são mais apaixonados pela amante do que pelas mulheres”? Esfreguem, esfreguem, esfreguem!

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Ao fim do dia, elas estão exaustas e com o joelhinho esfolado de tanto passar pano para Lula. “A Janja nem pra vir ajudar...!”, reclama Tábata (porque sempre tem uma Tábata), o veneno escorrendo pelo cantinho da boca. Sabe como é. No que é severamente repreendida pelas demais. Afinal, Janja é intocável, é a epítome do feminismo pragmático, é raio, estrela e luar.

— O que é “epítome”? — pergunta a Drika com sua voz de Noriel Vilela.

Sem tempo, irmã

Amanda começa a explicar, mas vai ter que ficar para outro dia. Porque Lula acaba de fazer um discurso dizendo que colocou uma mulher bonita, justo a Gleisi Hoffmann [Vandra revira os olhinhos dramaticamente], para intermediar e melhorar as relações com o Congresso. Dando a entender que.

— Ué. Não pode mais chamar a Gleisi de bonita? — pergunta Nicole, interrompendo o narrador. Tá ousadinha, a Nicole, com as mãos na cinturinha e tudo, precisa ver! — O que é que tem de machismo nessa frase?

— Sem tempo, irmã — responde a Femi Alfa levando o megafone à boca e, pela enésima vez no dia, gritando: — Esfreguem, esfreguem, esfreguem!

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