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Você se lembra daquele tempo em que um presidente, pressionado pela imprensa ou pela opinião pública, dava esclarecimentos ou no cercadinho do Palácio do Planalto ou nas lives de quintas-feiras? Aliás, você se lembra daquele tempo em que um presidente que não condenasse as milícias era chamado de miliciano, não condenasse a tortura era chamado de ditador e não condenasse a corrupção era chamado de corrupto. Esse tempo acabou. Lula, ao que parece, tem salvo-conduto para tudo e qualquer coisa. Pode apoiar o MST, pode declarar amor ao ditador Daniel Ortega e pode ser leal a ministros suspeitos. Deve ser porque, como dizem os marqueteiros, “o amor venceu”.
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