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Polzonoff

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"Ensina-me, Senhor, a ser ninguém./ Que minha pequenez nem seja minha". João Filho.

Notas

Nada a ver com ciência: vacina obrigatória para crianças é pura arrogância

Vacina Covid
Pedi para a Inteligência Artificial uma imagem de uma mulher arrogante com uma seringa. Foi isso que saiu. (Foto: Paulo Polzonoff Jr. com Dall-E)

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A ministra da Saúde, a socióloga Nísia Trindade, aproveitou que estava todo mundo distraído com a guerra no Oriente Médio para anunciar que a vacina contra a Covid será obrigatória para bebês e crianças. Vacina que, vale lembrar, nunca foi uma unanimidade científica – e hoje é menos ainda. A decisão autoritária de incluir a vacina no Programa Nacional de Imunização (PNI) não tem nada a ver com preocupação com a saúde. É pura arrogância de quem sabe que jamais será responsabilizada pelas consequências de suas decisões.

Na função de defender a arrogância totalitária de um governo totalitário, o ministro totalitário Flávio Totalitário Dino falou em usar a “espada da democracia” para impor a obrigatoriedade da picadinha. A espada da democracia! Uau. Porque é assim que essa gente vê a democracia: apenas como um meio, legitimado pelo cinismo, de impor uma vontade que é... totalitária. Que o diga Alexandre de Moraes!

APESAR DISSO, O MAL NÃO VAI PREVALECER. CLIQUE AQUI!

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Paciência
Estou absolutamente fascinado com os livros do padre Francisco Faus, que recomendo entusiasmadamente. Estou lendo “A Preguiça” e na semana passada li “A Paciência” (ambos da editora Quadrante). No final das contas, o livro acaba falando mais sobre essa onipresente impaciência que se traduz ora em raiva, ora em tristeza. Quando, na verdade, “a maior parte das nossas impaciências são apenas egoísmos contrariados”, escreve o padre Faus. E não são?

Por falar em livros
Caramba! Como eu queria que todos os meus leitores lessem o padre Francisco Faus. Porque num primeiro momento machuca, mas depois, quando você se dá conta das suas misérias, faz um bem danado. Queria também que todos lessem “Agonia do Eros”, do filósofo teuto-sul-coreano (ó, que chique!) Byung-Chul Han - que me foi indicado pelo Bernardo Lins Brandão. O argumento do livro gira em torno da “mercantilização do amor” e, principalmente, da epidemia de narcisismo que impede que as pessoas tenham coragem para aceitar a autonegação a fim de descobrir o Outro. E, já que estou nessa toada, não perderei a oportunidade de dizer que não é por acaso que “A Descoberta do Outro” é o título de um livro de Gustavo Corção.

SOBRE O QUAL EU JÁ ESCREVI AQUI

Autonegação
Se tivesse tentado se autonegar a fim de, por amor, descobrir o Outro, a cantora Ludmilla talvez não tivesse passado o vexame que passou ao assassinar o Hino Nacional antes da largada para o Grande Prêmio Brasil de Fórmula 1. Uma autonegação que se dá por meio do esforço e do sacrifício. Do trabalho, dos ensaios, da preparação para dar ao outro (o público) algo além da mediocridade.

E A LUDMILLA CANTANDO O HINO, HEIN?

Tem gente que
Tem gente que acha que o bem depende sempre dele e o mal depende sempre dos outros. Já cometi esse erro. Não recomendo.

AQUI VOCÊ LÊ O MEU DESABAFO

Óbvio não-ululante
Meu amigo Marcio Antonio Campos, figurinha carimbada neste álbum semanal, foi generoso o bastante para perceber as lacunas que deixei abertas num desabafo sobre os argumentos usados por certa intelequitualidade pervertida para defender o Hamas, e preenchê-las com informação de primeiríssima qualidade. Porque quanto mais as pessoas buscam argumentos para validar suas crenças anteriores (neste caso, o antissemitismo), mais é preciso refutar aquilo que nos é óbvio (os judeus não são deicidas), mas talvez não seja óbvio para todo mundo. Afinal, nem todo óbvio é ululante.

E AQUI VOCÊ LÊ A COLUNA DO MARCIO

Inteligência artificial, burrice natural
As ilustrações para uma edição do clássico “Frankenstein”, de Mary Shelley, foram feitas por uma dessas Inteligências Artificiais. Até aí, tudo bem. O problema é que ilustradores estão furiosos pelo fato de o livro ter sido indicado ao Prêmio Jabuti – justamente na categoria “Ilustração”. E estão lá agora, discutindo o nada, e expondo sua ignorância literária. Porque são impressionantemente incapazes de entender que, neste caso, o uso da Inteligência Artificial tem tudo a ver com o conteúdo de um livro que fala justamente do fascínio e dos perigos da tecnologia e da arrogância (olha ela aí de novo!) científica. Por sinal, acabo de saber que o livro foi desclassificado da premiação. O que é a inteligência artifical perto da burrice natural, né?

Frase
“Então, se eu entendi direito, somos inteligentes o bastante para inventarmos a Inteligência Artificial, tolos o bastante para precisarmos dela e, ainda assim, tão burros que nem sabemos se fizemos o certo”.
- Jerry Seinfeld

Nova Resistência
E eu não poderia encerrar a newsletter sem mencionar esta excelente matéria do meu amigo Omar Godoy para a nobilíssima editoria Ideias, capitaneada pelo fidalgo-mor do jornalismo, Jones Rossi. A matéria é um retrato da Nova Resistência, um grupo semi-irrelevante de maluquinhos movidos, em essência, pela mentalidade revolucionária. A perigosa mentalidade revolucionária. Aquela que seduz os que se deixaram escravizar pelas ideologias – e, neste caso, a ideologia vem malhada com tudo o que há de pior no mundo das ideias, do varguismo ao duguinismo. Apesar da semi-irrelevância, o grupo já chamou a atenção do Departamento de Estado dos EUA. E por isso precisa ser exposto: para se esmagar ainda no ninho esse inegável ovo da serpente.

FALANDO SÉRIO, CLICA AQUI

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