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Preferia terminar a semana de uma forma mais alegre, mas não vai dar. Ainda na quarta-feira (8), respirava uns ares que vêm do norte e pensava no tamanho da derrota que nos impõem os progressistas. É avassaladora, mesmo que os conservadores sejamos maioria. Se lá nos Estados Unidos, no país fundado com base na liberdade, a situação está assim, imagine aqui.
O sapo que me foi servido eu o engolia pacientemente quando me chegou outra notícia: a de que um deputado fez o que fez e por isso vai ser cassado. Não ouso dizer quem nem por quê. O leitor do futuro que ficar curioso terá de consultar os anais da Câmara para entender. Só digo que fez e que vai. Que, se não houver uma mobilização em defesa da liberdade de se falar certas verdades autoevidentes, ele não só será cassado como preso.
A censura autoimposta, aliás, só aumenta minha sensação de derrota. Os progressistas, a turma do “perdeu, mané!”, venceram e agora saqueiam nossas almas com o furor típico dos bárbaros. Eles pilham nossas consciências com slogans, clichês travestidos (sic) de argumentos, estatísticas mentirosas e sentimentalismo. Eles nos violentam com a exaltação do mal disfarçada de modernidade. De progresso.
Somos manés. Ou melhor, somos vistos como manés. Não me importo. Tenho, aliás, a manezice como objetivo de vida. Ora, o que é o bom cristão senão um mané que almeja fazer o certo e que rejeita tudo o que possa ofender a Deus, mesmo que essa postura lhe renda humilhação? É sobre esses que os progressistas tripudiam. E não nos amole enquanto chafurdamos em nossas desgraças – dizem. Somos manés. Fomos derrotados. Mas enquanto ainda houver barro com que construir nossas fortalezas, haverá esperança.