Hoje quero pedir licença aos chefes para publicar um texto que talvez não seja um sucesso de audiência e que certamente não repercutirá em nossas perversas redes sociais obcecadas por política. Mas que precisa ser escrito. De lambuja, quero também pedir licença aos leitores que por ventura tenham entrado aqui em busca de nomes como Jair Bolsonaro, Lula ou Alexandre de Moraes. Mas é que hoje, bem hoje, preciso deixar de lado esses nomes que causam tanta controvérsia, revolta e indignação – e agradecer.
Só agradecer. A todas as pessoas que, diariamente, me ajudam a levar essas bem-traçadas a cada vez mais leitores, despertando neles o riso, a indignação e a reflexão. E – não vou dourar a pílula – também o ódio, a rejeição e a indiferença. Graças a todos os nomes aqui mencionados e mais aqueles dos quais certamente me esquecerei (desculpe!), hoje posso dizer que realizo o sonho de todo escritor que se preze: ser lido.
O principal responsável por isso é Ricardo Sabbag. Foi graças a ele que, naquele longínquo inverno de 2018, a Uber perdeu um motorista ruim e a Gazeta do Povo ganhou um jornalista velho e gordo e falsamente resmungão. Jones Rossi e Ewandro Schenkel completam o trio de culpados por meu retorno ao jornalismo, depois de uma longa e tenebrosa noite de cujos pesadelos não quero nem me lembrar. Por isso quero deixar aqui, e em letras garrafais, meu mais sincero OBRIGADO, juntamente com a minha mais sincera admiração. (Sobem aqueles acordes iniciais de "Amigo", do Roberto Carlos).
Agradeço ainda a toda a equipe chamada carinhosamente de homers – os colegas responsáveis por colocar meus textos na capa do site da Gazeta do Povo: Patrícia Künzel, Marcela Mendes e Carlos Coelho. Outra equipe que contribui todos os dias para levar meu trabalho para as turbulentas redes sociais é a do Marcus Ayres. Sou imensamente grato a todos vocês.
Obrigado também aos colegas das editorias antiga e atual: Angélica Favretto, Bruna Komarchesqui, Mariana Braga, Eli Vieira, Fábio Galão, Rossana Bittencourt, MC Vieira e Bruna Frascolla. E aos colegas de outras editorias que contribuem enormemente para o meu trabalho cotidiano: Denise Drechsel, Márcio Campos, Isabella Mayer, André Pugliesi, Marcos Tosi, Fábio Calsavara e Diogo "Cantor Misterioso" Souza. Não, não me esqueci de você, Audrey Possebom. Nem de você, Giorgio Dal Molin. Obrigado, thanks, merci, muchas gracias, danke e spassiba.
Sou também muito grato à Bruna Maestri e ao Anderson Gonçalves, colegas que, todas as sextas-feiras, têm o trabalho de montar o meu “momento de autocrítica semanal”: minha newsletter. E claro que não vou deixar de fora todos os envolvidos nos vídeos que vão diariamente para o YouTube: Rodrigo Fernandes, Rodrigo Sierpinski, Lucian Haro, Moreno Valerio, Maria Scroccaro e Lucas Lincen. Os vídeos, aliás, não teriam se tornado realidade sem a contribuição também de Chantal Wagner, Osvalter Urbinati e Guilherme Storck – aos quais deixo aqui meu muito obrigado.
Por falar em Guilheme, claro que não dá para deixar de fora os bosses Guilherme Cunha Pereira e Ana Amélia Filizola.
Acharam que eu estava me esquecendo deles? Claro que não! Muito obrigado a Guilherme Fiuza e Rodrigo Constantino pelo companheirismo e paciência comigo desde algumas edições esporádicas do podcast Ideias até as dezenas de episódios do podcast O Papo É. Eu, que nunca tinha falado num microfone antes, tive logo que aprender a trabalhar com essas estrelas aí. E, já que estou entre os colunistas, obrigado ainda ao Francisco Escorsim, Flávio Gordon, Madeleine Lacsko e Cristina Graeml por toda a generosidade.
Ah, não posso deixar de fora dessa lista enorme a equipe de retenção da Gazeta do Povo. É aquele povo que me lê todos os dias e que usa meu trabalho para convencer assinantes a continuarem apoiando o jornal. Ou que, às vezes, tem trabalho extra só porque o mané aqui resolveu escrever um texto irônico que não foi interpretado como tal. Sou grato também ao departamento jurídico – que sei que cuida para que eu não me enforque nas cordas da liberdade. Agradecê-los-ei assim porque sei que advogado adora uma mesóclise.
Para finalizar, agradeço aos meus leitores mais aguerridos (para o bem e para o mal): os comentaristas. Que todos os dias reservam um tempinho para elogiar, xingar ou corrigir com generosidade algum erro que possa ter passado por minha revisão. E aproveito para agradecer aos colegas que moderam os comentários e apagam aqueles que às vezes dão uma exageradinha no ódio.
Todos os aqui mencionados, bem como aqueles que alzheimermente omiti (mil desculpas!), contribuem para que, do nascer ao pôr do Sol, eu possa não só ganhar o pão nosso de cada dia como também concretizar aquilo que, a esta altura do campeonato, não tenho mais vergonha de chamar de vocação. Novamente, mas não pela última vez: muito obrigado.
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