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O que se segue abaixo é um resumo comentado das colunas que publiquei ao longo da semana. Tem ainda uma recomendação e um convite para você ler um texto antigo. Esse resumo compõe também a minha newsletter – que você recebe no conforto do seu e-mail todas as sextas-feiras. Não sabe como receber? Não tem problema. Eu explico para você que basta informar seu e-mail no campo abaixo. Sim, esse daí com a minha cara feia.
Não me venha com teorias!
Hoje a newsletter está quase monotemática. Quase. Porque o mundo está monotemático. Todas as pessoas decentes ainda estão chocadas com a barbárie perpetrada pelo grupo terrorista Hamas, que no sábado passado (7) invadiu o sul de Israel e matou a esmo. Só pelo prazer de matar – ou você acredita na balela de que há uma causa geopolítica envolvida nisso? Que nada! É sadismo disfarçado de “violência revolucionária”. De qualquer modo, no sábado mesmo os antissemitas explícitos ou envergonhados começaram com suas teorias cheias de vejabens e de não-é-bem-assim para justificar o mal. Ou melhor, o Mal. Porque no século XXI o relativismo substituiu o patriotismo como o último refúgio do canalha – parafraseando alguém.
CLIQUE ANTES DE UM RELATIVISTA APAREÇA ARMADO COM SEUS VEJABENS: Não me venha com teorias: ataque do Hamas contra Israel é barbárie pura e simples
A onça
Em meio às discussões sobre o caráter terrorista dos ataques do Hamas, eis que aparece a senadora Soraya Thronicke para fazer uma equivalência entre senhorinhas que oram com a Bíblia na mão e os assassinos e estupradores do grupo revolucionário palestino. Pode uma coisa dessas? No país que elege Soraya Thronicke senadora pode. Porque estamos cercados por um deserto intelectual aqui e ali pontuado por rochedos de desonestidade, quando não de canalhice pura e simples. Políticos, artistas, jornalistas – a guerra ao menos tem a virtude de expor essas personalidades que ganham poder por algum acaso do destino, mas cujas bases morais infelizmente estão fundamentadas na areia fofa da ignorância.
CLIQUE, MAS CUIDADO COM A ONÇA! De Soraya Thronicke à Folha: ataque do Hamas a Israel expõe o deserto intelectual que nos cerca
Homem comum, subtipo goiano
Desconfio que os leitores não entenderam muito o goiano. Uma pena. Porque eu estava sendo sincero quando, um tanto quanto hiperbolicamente, disse que ele, o goiano, em sua simplicidade quase tosca, é a esperança do mundo. Tudo por causa de um vídeo que andou circulando por WhatsApp e que mostra um homem comum, subtipo goiano, tecendo considerações sobre o conflito entre Israel e os terroristas do Hamas. Vi na cena curiosa uma oportunidade de admirarmos essa fé meio inalcançável em meio a toda essa intelectualização da realidade. É a tal coisa: a razão está no velho bom senso e o bom senso pertence ao homem comum. Guimarães Rosa é que sabia das coisas.
CLIQUE E... SEJA FEITA A VOSSA VONTADE: O goiano é a esperança do mundo: “Vô entregá essa guerra pra Deus e aproveitá um catiquinho”
Circunstâncias
Mais guerra? Não acredito! Pois é. Peço desculpas, mas o assunto realmente dominou a semana. No meu último texto sobre isso, falo da esquerda que resolveu expor toda a sua perversidade, se revelando indiferente à morte de inocentes ou então celebrando essas mortes. Uma tal Fernanda de Melo, por exemplo, reagiu com um “foi tarde” à notícia de uma brasileira assassinada pelo Hamas. O jornalista Breno Altman foi além. Foi mais baixo. E até uma parte da direita reacionária decidiu apostar no “distanciamento cético” – que no fundo é apenas uma demonstração de covardia e paranoia antissemita. De qualquer forma, meu texto o convida a tentar compreender as circunstâncias que levam essas pessoas a exporem seu lado mais podre – e a esperarem aplausos por isso.
CLIQUE PARA ACEITAR O CONVITE: “Foi tarde” e judeus chamados de ratos: os canalhas e suas circunstâncias
Nossa Senhora Aparecida
Como disse lá no começo, a newsletter está quase monotemática porque o mundo está monotemático e só quer saber de guerra. Na quinta-feira (12), porém, achei por bem voltar ao tema do “homem comum” para falar da fé simples que norteia as pessoas que rejeitam a intelectualização de tudo. Das pessoas que ainda têm fé – e são muitas. Falei de Nossa Senhora Aparecida, da sala dos ex-votos e da minha necessidade particular de abandonar a disputa pela lavagem com os porcos (referência óbvia à parábola do Filho Pródigo que também sou) e retornar à casa simples, de moral simples. Isto é, de voltar para os braços de Deus e de Nossa Senhora.
ME DÊ A MÃO. CUIDA DO MEU CORAÇÃO: Nossa Senhora Aparecida ontem e hoje
Polzo recomenda
Hoje vou recomendar os editoriais da Gazeta do Povo. Aí embaixo segue o link para um deles, mas na verdade a minha recomendação é para que você adquira o hábito de ler sempre os editoriais. Esses textos representam a opinião da Gazeta do Povo e acho, só acho, que você vai gostar de saber que apoia um jornalismo que não ofende a sua inteligência, que te respeita, que dialoga com você e que é muito, muito, muito claro em suas posições. Sei que sou suspeitíssimo para falar, mas os editoriais da Gazeta do Povo são, de longe, os melhores do Brasil. Vai por mim.
CLIQUE PARA ADMIRAR AINDA MAIS A GAZETA DO POVO: Os entusiastas do terror
Baú do Polzo
Hoje vou compartilhar um texto fracassado. Ou melhor, o meu texto mais fracassado. Porque todos os textos merecem uma segunda chance, tadinhos. Nesse texto, escrito no remoto ano de 2020, conto a história de uma operação de busca e apreensão kafkiana e com requintes de crueldade. Para ser sincero, depois de três anos não tenho a menor ideia do que me levou a escrever esta crônica, mas sabe que gostei dela? Vai ver é porque tenho um fraco por esses textos oprimidos pela indiferença do leitor.
CLIQUE PARA VOLTAR NO TEMPO: Faltam 999 peças: e se sua vida dependesse de um quebra-cabeça?