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Tá quente, hein?!
Não sei se é esse calor abjeto (se você gosta de calor, me desculpe), mas a verdade é que a semana foi meio morna. Sem trocadilho. Ou com trocadilho, se você preferir. Lula na ONU gerou a indignação esperada. Janja na Times Square idem. Toffoli deu o seu showzinho deplorável. Enfim, o de sempre. Por isso em meio a tantas notícias transérias (isto é, estúpidas e inúteis, mas que se sentem determinantes para o futuro do país) optei por falar de um assunto que é tema de comentários rápidos em todos os elevadores do Brasil: o calor. Tá quente, hein? No texto que ofereço a vocês, imagino um mundo em que eu concorde (de brincadeira, claro) com o “totalitarismo térmico” de Alexandre de Moraes.
CLIQUE PARA LER NO CONFORTO DO AR-CONDICIONADO: Alexandre de Moraes manda prender quem gosta de calor
A polêmica da semana
Para se ter uma ideia de quão morna foi a semana, o assunto mais interessante foi o vídeo que mostra alunos de medicina exibindo as vergonhas durante um jogo de vôlei de um campeonato universitário qualquer. Um vídeo feito há meses, mas que só viralizou agora porque... sei lá por quê! De qualquer forma, em meio aos gritos de “absurdo!” e “como é que pode uma coisa dessas?!”, acho que encontrei um espacinho para falar sobre a desumanização da medicina e, por consequência, dos médicos. Antes uma profissão indubitavelmente admirável, hoje os médicos são vistos como meros carimbadores de receitas azuis ou preenchedores daquelas guias de exame da Unimed. Triste, né?
CLIQUE AQUI PARA LER O DIAGNÓSTICO: Picardias estudantis, aborto e a desumanização da medicina
Ave, Paulus!
E o mais estranho é que, ao menos para mim, a semana começou prometendo temas realmente interessantes e que rendessem textos criativos. Me enganei. Enquanto vivia esse engano, foi divertido explorar a percepção súbita de que nós, homens, pensamos com frequência no Império Romano. O quê? Você nunca tinha se dado conta disso antes? Nem eu. E foi por isso que escrevi o texto abaixo. Esperava encontrar mais receptividade de pessoas tão surpresas quanto eu. Mas não rolou. Pelo menos não na escala que eu imaginava. Neste nosso tempo de perseguição e censura, o texto traz ainda algumas firulas que, desconfio, passaram despercebidas para a maioria dos poucos que se interessaram pela figura do gladiador solitário e cabisbaixo. Fazer o quê?
HIC STREPITA UT LEGERE: Com que frequência você pensa no Império Romano?
Sem-vergonha
A sem-vergonhice da vez ficou por conta do ministro Dias Toffoli, que novamente deu seu showzinho para adicionar mais uma camada de cal na cova rasa da Operação Lava Jato. Basicamente Toffoli agiu como advogado de defesa do juiz Eduardo Appio – o Sergio Moro do mundo bizarro, como escreveu alguém. E aqui mais uma vez acredito que li equivocadamente o zeitgeist, porque achei que a postura de Toffoli deixava claro que as ameaças supremas não se restringem ao despudor totalitário de Alexandre de Moraes. Mas, pelo visto, o pessoal já está normalizando os absurdos que vêm do STF. Eu é que teimo em não me acostumar. Ah, e no texto eu também falo da inação dos senadores. Outro assunto infelizmente normalizado.
CLIQUE ESTOICAMENTE PARA LER: Demorou, mas Toffoli aprendeu: eles mandam, eles podem tudo, eles fazem o que querem
Polzo recomenda
Como estou numa semana de alguns erros, uma bola na trave e um golzinho daqueles bem chorados, é provável que erre também na recomendação da semana. Mas vou tentar mesmo assim. Pois então. Nesta semana, meus amigos da editoria Ideias traduziram um texto curioso que conta a história de um culto progressista que pregava o fim da família e o sexo livre. Não sei se os leitores ainda se interessam por assuntos curiosos ou se estão viciados apenas em política, política e política. Mas achei que valia a pena tentar. Nem que seja para ver como uma mentalidade antes restrita a malucos se dispersou pela sociedade e hoje influencia até mesmo decisões do STF.
CLIQUE PARA PEGAR CARONA NA CAUDA DO COMETA: A terrível história do culto progressista que pregava o fim da família e sexo livre
Baú do Polzo
Para compensar a ausência das Musas nos meus textos da semana, separei hoje uma crônica em três partes que conta como foi a troca de presentes no Amigo Secreto do STF. O texto está um pouquinho desatualizado, porque não inclui nem André Mendonça nem Cristiano Zanin, mas acredito que ainda seja possível dar uma ou outra risada com ele. Aproveite que já tem panetone à venda no supermercado e que em breve veremos as primeiras luzes do Natal e leia!
CLIQUE PARA VOLTAR NO TEMPO: O supremo amigo secreto do STF (parte 1)