Tudo sussi? Ôbri. Bora beber uma cerva? Brinks. Belê. Mas péra que antes preciso escrever uma crôni pra Gazê. O assunto? Digamos que eu vá usar o caso do trôfi Bó de Ou© que o Vini Jú perdeu pro Rodri pra falar sobre essa mania irritante de encurtar as palá. Depois vou aprôvi e falar de racis e da politização de tuds. Por fim, farei um anún bombástico e que certamente vai irritar a minha mulé.
Pois a essa altura do campi cê já deve ter ficado sabendo da injustiça do ano, da década, do século e, apesar de ainda faltarem 916 anos, do milê: o jogador e notável membro da grande família Jr., Vini Jú, do Real, tido como favi ao prestigiado trôfi Bó de Ou©, foi preterido por Rodri, do City. Sendo Vini, além de bom de bola, ativista antirraci, claro que a premi gerou indig. Menos entre os fãs do futéba e mais entre a estridente esquerda que insiste em enxergar o mundo através do prisma marxista do conflito entre opres e opris.
Hérna
A mim, porém, me chamou a atenção também os nomes dos envolvidos na treta fúti-racial. São dois nomes encurtados e ouvi dizer que se você chamar Vini Jú de Vinícius José Paixão de Oliveira Júnior, escandindo bem as sílabas, corre o risco de ser cancelado, seu elitista que não respeitaa autoidenti do jogador! Mas deve ser mentí. De Rodri não ouvi nada e, tolo que sou, fui pesquisar na Wiki pra me certí: o nome dele é Rodrigo mesmo. Rodrigo Hernández Cascante. Mas se você chamá-lo assim ele vai achar que você está falando com outro.
Que prêgui, né? Se bem que ficaria muito melhor se Rodri se fizesse chamar de Hérna. Ou Casca. (Pô, me diz se Casca não é nome de volante craque?) Vai ver isso aí de Rodri foi invenção de algum públi. Mais prêgui do que isso só mesmo o complexo de vira-latas que tomou conta dos meus queridos colegas jornas. Que não hesitaram e puseram a aparente injustiça na conta daquela direita que é sempre extrema – e do racismo. Ops, racis.
Vininismo
Então, já que é assim, vou aproveitar a oportú e pôr a revolts da galera na conta de um vitimismo que, espero, não se torne um dia sinônimo de vininismo. Porque aqui e ali vejo os gols do moço, mas por alguma razão o vejo mais sofrendo a dor de um fracasso artificial. Afinal, Vini Jú, com ou sem o trôfi dado pelos jornas, é bem-sucedido e inegavelmente vencedor. Duvido que alguma torcida o recusasse por causa da cor. Cadê, então, a justificativa pra esse vitimismo todo?
Não há. Ou melhor, só há na cabeça dos jornas e militas que, indiferentes ao racismo real, se atêm a um racismo teórico, ideológico e acadêmico pra promover um sofrimento que muitas vezes também é teórico (e pretérito) – e lucrar em cima dele. Minha impressão é a de que Vini Jú está sendo usado como fantoche por militas que são espertos e farejam de longe a oportunidade de instrumentalizar as pessoas, inclusive celébs do fúti, a fim de obter ganhos financeiros ou políticos.
¿Qué tal?
Aliás, que a injustiça da Bó de Ou© sirva de estímulo pra que Vini Jú e outros dez jogadores com nomes ou abreviados e/ou compostos e/ou pomposos, sejam eles de qual cor forem e tenham votado eles em quem bem entenderem, vistam com orgulho o manto verde-amarelo, joguem o fino e, depois de 24 anos, vençam a Copa de 2026. De préfs com um gol pra cima do tal do Rodri. ¿Qué tal?
E agora, a todos os que chegaram até aqui, o anúncio bombástico, que não tem nada a ver com o tema da crônica e que vai irritar minha mulé: em 2025 pretendo aposentar de vez o “para” e substituí-lo pelo “pra”. Como, aliás, já fiz nas frases acima – não sei se você reparou. Sei que é apenas um detalhe, um capricho, um nada. Mas, pra mim, é uma libertação - não sei direito de quê. Só repare que este é um anúncio do que pretendo fazer. Porque, no final, a decisão será toda dela, você sabe.
* Inspirado neste tuíte de Orlando Tosetto.
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