Texto originalmente publicado na edição deste sábado (15) do caderno Verão da Gazeta do Povo.
Tudo bem, passar a temporada na praia é legal, dá uma espairecida nas ideias e uma certa vitalidade para encarar o ano que vem pela frente. Ver aquele marzão gigante, sentir o vento na cara e pisar na areia são mesmo coisas de fazer o sujeito repensar a vida, ver o que anda errado e seguir com as coisas que estão indo pelo rumo certo. Pena que seja tão pouco tempo.
Certa vez, passeando pelo Rio de Janeiro, saí de um restaurante no Leblon e encontrei alguns ex-jogadores de futebol batendo uma bolinha na praia em plena tarde de segunda-feira. Alguns dos meus ídolos de infância estavam bem ali na minha frente: Júnior, Renato Gaúcho, Edinho.
Em um primeiro impulso, pensei em ir lá e pedir um autógrafo a eles. Como sou cabra comedido, optei por ficar na minha e não atrapalhar a diversão dos caras. Depois, pensei em tirar uma foto, mesmo que de longe. Só que jornalista tem um sério complexo: não admite deixar aflorar seu lado fã, mesmo quando está de folga. Por último, pensei em dar uma bica nisso tudo e, na cara dura, chegar na beira do campo e pedir pra ficar de próximo na pelada. Mas, evidentemente, para tudo há limites.
Fiquei imaginando se aqueles caras são realmente como a gente. Se eles têm aquela preocupação com as contas no fim do mês, se ficam fazendo cálculos para ver se o dinheiro vai dar pra cobrir tudo, se vai sobrar algum pra fazer uma economiazinha e, quem sabe, voltar ao Rio no próximo ano…
Claro que não. Porque pra eles, meu irmão, isso de temporada só existia quando estavam na ativa. Principalmente quando jogavam lá pras bandas da Europa, ganhando aquele cascalho que lhes era merecido. Temporada, só quando a bola rolava – e oficialmente, é claro. Agora é viver.
Só que às vezes dá pra juntar o útil ao agradável. Senão, vejamos o caso do nosso amigo Ronaldinho Gaúcho, que decidiu trocar o Milan, da Itália, pelo Flamengo. Cidade Maravilhosa, praia, mulheres, futvôlei e salário milionário. Isso sim é temporada!
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