Que me chamem de paranoico. Mas eu é que não deixo de prestar atenção nas aeromoças antes de o avião decolar. Me refiro àquelas orientações de segurança caso algum problema aconteça, àquele teatrinho mecânico que elas interpretam para que os passageiros façam tudo certo quando tudo der errado.
O primeiro passo para que as coisas corram na mais perfeita ordem que o caos de uma queda de avião permite é memorizar onde fica a saída de emergência mais próxima do seu assento. Também é bom ficar de olho se há algum objeto que obstrua o caminho até a saída da emergência. Ver todo mundo saindo enquanto se é pisoteado por outros passageiros desesperados por causa de um tropeção em uma bolsa não é algo que inspire confiança na própria salvação.
Se você tem alguma dificuldade para abrir portas – algo como mania obsessiva de ter de baixar e subir a maçaneta 50 vezes antes de sair – caia fora da poltrona do lado da saída de emergência. Ninguém quer morrer por sua causa.
Se o avião sofrer despressurização, máscaras de oxigênio automaticamente cairão do teto. Basta fixá-la com o elástico em torno da cabeça e respirar normalmente. Se estiver acompanhado de criança, primeiro coloque a máscara em você mesmo e só então nela. Lembrando que as poltronas são flutuantes e, como dizem, pra quem está se afogando, jacaré é toco.
Debaixo das poltronas há coletes salva-vidas. Basta pô-los em volta do pescoço e puxar a cordinha para inflá-los. Se a cordinha não funcionar, assopre o orifício do lado direito do colete até enchê-lo. Torcendo, evidentemente, para que dê tempo de inflá-lo antes de você precisar dele de fato.
Nas saídas de emergência há escorregadores infláveis que facilitam a retirada do avião. Se você chegou ao fim do escorregador sem maiores percalços, relaxe: está vivinho da silva. Tão vivo que, depois desse baita susto, já pode começar a repensar a vida, em valorizar o que realmente vale a pena. Isso desde que não haja tubarões à espreita do lado de fora da aeronave, é claro.
Porém o mais importante, o imprescindível antes de se subir pelos céus é sempre estar muito atento ao perfil de cada uma das comissárias de bordo. Deve-se identificar a aeromoça mais bonita e atenciosa, a mais simpática e cheirosa. Porque se o avião realmente cair, você não vai se lembrar de nada disso mesmo. Logo, o melhor é se abraçar à mais bela aeromoça para pelo menos morrer com alguma dignidade.
E se você e ela sobreviverem, vai que rola um lance depois. Nunca se sabe…
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