Um dia depois da histórica e festiva cerimônia de posse, o presidente dos EUA, Barack Obama, começa nesta quarta-feira a trabalhar por suas metas de recuperar a economia, resolver as guerras do Iraque e do Afeganistão e criar uma abordagem para o conflito do Oriente Médio.
Obama prometeu uma ação rápida e incisiva contra a crise econômica no país, a pior em sete décadas, e também pediu à população que tenha paciência com problemas, internos e externos, cuja solução irá demorar.
Ainda nesta quarta, Obama se reúne com assessores econômicos que estão discutindo com o Congresso a aprovação de um pacote de US$ 825 bilhões para estimular a economia.
Além disso, ele avalia novas abordagens para restaurar o sistema financeiro, o que pode incluir a criação de um banco público que compraria dívidas “tóxicas” de bancos em apuros. O novo governo acredita que isso iria levar a uma retomada do crédito para empresas e consumidores.
Iraque e Afeganistão vão dominar a política externa de Obama, mas ele diz que também buscará um papel ativo para tentar resolver o conflito entre israelenses e palestinos. É possível que rapidamente ele nomeie um representante especial para o Oriente Médio – o ex-senador George Mitchell, experiente em questões diplomáticas, está muito cotado.
Além da reunião com os assessores econômicos, Obama deve se sentar também com a cúpula militar para falar sobre o Iraque e o Afeganistão. Fontes oficiais dizem que será discutida a possibilidade de acelerar a retirada das tropas norte-americanas do Iraque e de enviar reforços ao Afeganistão.
O general David Petraeus, que como comandante das forças no Iraque foi um dos responsáveis pela redução da violência sectária, deve participar da reunião de quarta-feira, logo após desembarcar vindo do Afeganistão.
O secretário de Defesa, Robert Gates, e o chefe do Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas, almirante Mike Mullen, também são aguardados.
Também na quarta-feira, o Senado deve votar e aprovar a indicação de Hillary Clinton como secretária de Estado. Já a pasta do Tesouro permanece vaga, pois Tim Geithner, pressionado devido a um caso de sonegação fiscal e a irregularidades na contratação de uma empregada estrangeira, ainda não foi aprovado pelo Senado.
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