• Carregando...
Economista prevê dificuldades para as classes C, D e E pagarem as contas
| Foto:

Com o poder de compra reduzido, consumidores pensam antes de adquirir produtos e se endividar

As dificuldades para pagar as contas em dia devem ser maiores para as classes C, D e E em 2009, na opinião do economista e professor da Universidade de Brasília Roberto Piscitelli. Essa expectativa pode se configurar, com maior intensidade, nesse primeiro trimestre de 2009, por conta da crise financeira internacional, que no Brasil tem gerado efeitos como redução do crédito e previsão de desaquecimento da atividade econômica, com aumento da taxa de desemprego.

“Os efeitos da crise não poupam sequer outras classes. Para as classes C, D e E as dificuldades serão maiores. É natural que isso ocorra porque muita gente vinha rolando dívida ou substituindo por outras”, explicou. Agora, segundo Piscitelli, com a perda de confiança das instituções financeiras, renovar crédito ou fazer novos financiamentos fica mais difícil, umas vez que as exigências tornaram-se maiores. Ele acrescentou ainda que nas classes mais baixas as pessoas podem não ter tantas garantias para oferecer.

Outro fator observado pelo economista é que o aumento da taxa de desemprego, que deve ser observado com maior intensidade no primeiro trimestre de 2009, também é um fator que pode levar a maior inadimplência. “Uma outra questão é a renda. Muitas pessoas podem ter que abrir mão de parte da renda, com redução de jornada, menos horas extras, menos turnos de trabalho”, disse.

Além disso, o crédito está mais caro, o que também é um fator de dificuldade a mais para a população com menor renda. Segundo dados do Banco Central, a taxa de juros para as pessoas físicas subiu de 54,9% para 58,7% ao ano, a mais alta desde março de 2006, que estava em 59%.

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]