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“Os efeitos da crise não poupam sequer outras classes. Para as classes C, D e E as dificuldades serão maiores. É natural que isso ocorra porque muita gente vinha rolando dívida ou substituindo por outras”, explicou. Agora, segundo Piscitelli, com a perda de confiança das instituções financeiras, renovar crédito ou fazer novos financiamentos fica mais difícil, umas vez que as exigências tornaram-se maiores. Ele acrescentou ainda que nas classes mais baixas as pessoas podem não ter tantas garantias para oferecer.

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Outro fator observado pelo economista é que o aumento da taxa de desemprego, que deve ser observado com maior intensidade no primeiro trimestre de 2009, também é um fator que pode levar a maior inadimplência. “Uma outra questão é a renda. Muitas pessoas podem ter que abrir mão de parte da renda, com redução de jornada, menos horas extras, menos turnos de trabalho”, disse.

Além disso, o crédito está mais caro, o que também é um fator de dificuldade a mais para a população com menor renda. Segundo dados do Banco Central, a taxa de juros para as pessoas físicas subiu de 54,9% para 58,7% ao ano, a mais alta desde março de 2006, que estava em 59%.