Hillary Clinton recebeu, nesta quarta-feira, a aprovação do Senado dos Estados Unidos para assumir o cargo de secretária de Estado, apesar de novas preocupações dos republicanos quanto a possíveis conflitos de interesses com as atividades do seu marido, o ex-presidente Bill Clinton.
A aprovação de Hillary ao cargo antes ocupado por Condoleezza Rice, equivalente ao de chanceler, foi por 94-2 votos.
Hillary chega ao cargo já sob o peso de inúmeros problemas, como o conflito entre israelenses e palestinos, os programas nucleares da Coreia do Norte e do Irã e as guerras do Iraque e Afeganistão.
Durante o debate no Senado, o republicano John Cornyn citou o possível conflito de interesses, pelo fato de Clinton receber doações estrangeiras para a entidade filantrópica que mantém.
Apesar disso, ele e outros republicanos disseram que votariam a favor da nomeação para que ela possa começar imediatamente a enfrentar os desafios.
“Pretendo votar pela confirmação dela. Mas acho importante dar consistência às preocupações apresentadas”, disse Cornyn. “Se vamos restaurar a confiança entre o povo norte-americano e seu governo, precisamos garantir que a realidade equivalha à retórica.”
Em resposta ao possível conflito de interesses, a Fundação Clinton e a equipe de Obama chegaram em dezembro a um acordo para que o ex-presidente divulgue uma lista completa de doadores do passado, a ser atualizada anualmente, e que futuras doações estrangeiras sejam submetidas a avaliação ética do Departamento de Estado.
Cornyn e outros republicanos sugeriram medidas adicionais, como a redução de todas as doações estrangeiras à fundação. Na audiência de confirmação, na semana passada, Hillary resistiu em alterar o acordo.
Ela disse que advogados especializados em ética não viram um conflito inerente entre sua atividade como secretária de Estado e as doações que seu marido recebe para ações de combate à Aids, ao aquecimento global e à pobreza.
Senadores de ambos os partidos disseram que Hillary tem qualificações ímpares para o cargo. O republicano John McCain, candidato derrotado à Presidência em 2008, pediu aos colegas que aprovassem rapidamente a indicação.
“A mensagem que o povo norte-americano está nos passando agora é de que quer que trabalhemos juntos, e que comecemos a trabalhar”, disse McCain.
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