Noite de gala em Milão. Holofotes atentos para a abertura da temporada 2011-2012 do Teatro Scala de Milão, um dos maiores teatros líricos do mundo. Em cena Don Giovanni de Mozart com regência do maestro argentino-israelense Daniel Barenboim, recém-empossado diretor musical do Scala.
Em tempos de crise e com a Itália a beira de um calote, o Teatro Scala parece exercer um papel importante para o país. Presentes no camarote real o novo premier Mario Monti, o presidente Giorgio
Napolitano e o prefeito de Milão, o esquerdista Giuliano Pisapia.
Do lado de fora protesto contra as medidas anticrise do governo Monti. Dentro, o canal RAI transmite ao vivo para salas de alta definição espalhadas pelo mundo todo, inclusive no cinema ao lado do teatro.
Em meio à crise que atinge toda a Europa a arrecadação total da noite surpreende: 2,4 milhões de euros, contando aí os convites doados por autoridades e revendidos em favor dos desabrigados pelas chuvas de outubro.
O glamour do foyer ficou por conta da sofisticação de Barbara Berlusconi. A herdeira do clube de futebol Milan acompanhava o namorado Alexandre Pato que em minutos se tornou mais assediado que o personagem central da ópera de Mozart.
Enfim uma noite onde se discutiu economia, moda, política e futebol. Mas o motivo de toda esta contaminação cultural era o teatro e a música clássica.
E como perguntar não ofende: quando é que veremos no Brasil um jogador deixar de lado o pagode e entrar no teatro municipal para escutar música clássica? Ou ainda, quando um teatro brasileiro vai exercer tal papel entre a classe política?
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