Um dia que não esqueço: 3 de dezembro de 2011, auditório térreo do Prédio Bradesco, São Paulo, capital. Nesse dia, saí da minha casa, próximo à Praça Roosevelt, para um evento que misturava diversos tipos de arte.
Chegando lá, me deparei finalmente com a voz da nordestina AIRÔ BARROS. Já acompanhava o trabalho dela desde 2008, quando conheci, por indicação de uma prima, seu primeiro CD, Terra em Transe, cujo qual comecei a escutar pela música Que alegria é essa? Que tem os lindos versos E que, quando tu permites um olhar, percebes quão triste é teu coração?
Nesse dia, especialmente, estava passando por problemas familiares terríveis. Ouvir e ver a Airô, foi como um sopro no coração. Confirmei o poder transformador da arte e do quanto que ela é uma das mais perfeitas extensões do criador. Através dele, essa cantora e compositora trabalha. E trabalha bem.
O tempo passou. Em 2015, mais uma vez por meio de outra pessoa, tive acesso ao Pausa, segundo CD dessa artista que me toca a alma. Uma amiga me passou todas as músicas em MP3 por e-mail. Qual não foi minha surpresa, ao descobrir que Jaime Alem tocava violão em várias faixas? Achei melhor ainda.
Ainda sobre esse mesmo assunto, vejo a evolução de Airô nesse trabalho, com um repertório puramente e belamente de música popular brasileira. Quando falo a respeito com meus amigos, não só sobre a música da Airô, como de outros, eles dizem que essa música é chata, não é para mim, etc. Discordo. A música toca cada um de uma maneira diferente.
Prova disso é Pessoa Rara que tem os versos que resumem a minha relação com essa voz que veio lá de Pernambuco, descubro a alegria que existe em você, pessoa rara, no lago sereno e silente em você, a água para.
(por Cléber Ferreira e Ferreira)
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