Entre duas lojas, nos corredores da Galeria César Franco na Rua Emiliano Perneta em Curitiba, conversei com Devis. Falamos sobre Graffite, musica autoral curitibana e a produção cultural feita no Paraná. Não é de agora que encontramos mais que afinidades que, acabaram ultrapassando o fazer arte. Ele me ajudou a achar um ponto para meu estúdio de tatuagem. O que foi ótimo, pois estamos em uma loja chamada Monstros do Rock, tudo haver. Eu sempre o observo fazendo pela comunidade principalmente pelo Rap e o Hip Hop curitibano. Então descobri outro lado de Michael Devis e gostaria de compartilhar com todos que andam por nossas ondas musicais.
Qual seu foco em relação às artes?
Eu venho de uma vertente urbana e artística, onde aprendi a valorizar o quintal de casa, para depois, saber administrar os sonhos alheiros. As artes no Paraná são inúmeras e, muitas já estão desgastadas e saturadas, mesmo assim, acredito que existem novos movimentos culturais e com novos direcionamentos, ou seja, regando o quintal e florescendo em novas direções. Com tudo, acredito que a arte no Paraná, e quando digo isso, é em âmbito geral, esta muito emergente e se destacando cada vez mais no cenário nacional e internacional. Se tratando de um bem de consumo, a arte, por si só, é muito difícil atingir grandes conquistas, então é necessário um fortalecimento dos meios públicos, valorizando nossa arte e disseminando entre os próprios paranaenses, pois, como diz minha Vó, “temos que ter orgulho pelo que fazemos e pelo que representamos”.
Qual o principal direcionamento que o Paraná deveria fazer com a cultura fabricada no estado?
Direta, rsrsr. O estado precisa ser compreendido como formador de opinião, que já é! Com isso, potencializar nosso produto. Hoje, os maiores cachês pagos no Brasil, são do nosso estado! Ai, eu lhe pergunto? Por que será que, a maioria dos Dvds lançados são gravados aqui?
O paranaense é critico, porem, com os anos, sem fomento, e pelas políticas publicas adotada pelo estado, se direcionou que, o produto de fora sempre é o melhor. Não é real! Muita às vezes este mesmo produto é produzido no Paraná só que consumido como se tivesse sido feito fora de nosso estado. Hoje, muitos artistas reconhecidos são paranaenses mais se potencializaram fora… Para irmos ao extremo, Chitãozinho e Xororó eram paranaenses, mas se destacaram quando foram para São Paulo.
É preciso ter objetivos claros para arte e cultura do Paraná: potencializar as classes artísticas do estado através de capacitação; ampliação de recursos para o fomento artístico cultural; formalização; leis que valorize a produção local (tanto ao artista quanto ao empresarial); e, principalmente, criar oportunidades dentro dos meios culturais realizados pelo estado. Essas são as bases para o fortalecimento da cultura estadual.
A cultura no Paraná anda em frangalhos, existe algo que pode ser feito para mudar esse quadro?
Sim! A cultura tem que ser levada mais a serio pela gestão publica. Eu acredito que o estado, hoje, precisa de uma injeção de força de vontade, na qual, alem da potencialização da cultura, como um bem de consumo cultural do próprio estado, e que gere renda, turismo, lazer e educação a comunidade. Também, possa buscar urgente os programas de desenvolvimento e recursos do Governo Federal. Ah! Não podemos esquecer, de fato, que é preciso uma lei da cultura que atenda as demandas atuais e regida pela comunidade civil.
Aqui eu descobri sua candidatura para Deputado Estadual
Caso eleito quais serão suas prioridades?
Não sou uma pessoa de prometer e nem neste momento irei fazer isso. Sempre batalhei, para que, da melhor maneira possível, os projetos e meus ideais saíssem do papel, da mesma forma procurarei agir. Acredito que reconhecer o artista local ( produto nosso ) seja uma das lutas que sempre estarei a frente.
Eu registrei em cartório minhas diretrizes para esta eleição, na qual, o lema, Juventude com Voz seja a base. Ou seja, o mandato será feito pela Juventude, Classes culturais, Esportivas e Sociais através de rodas de debates e direcionado por eles, atendendo as demandas.
Ao todo são 38 diretrizes divididas em 5 bases ( Juventude, Cultura, Esporte, Saúde e Educação ).
Quem é Michael Devis:
“…a oportunidade transforma o caminho das pessoas,
criando oportunidade para um novo trajeto…”
Artista Urbano, Arte Educador, Produtor Cultural, Voluntario e Empresário – Sócio na empresa Capsula Graffiti Shop são algumas das atribuições a “Michael Devis” nome na qual usa para retratar seus pensamentos através da arte e de suas ações sociais. Devis teve e tem a oportunidade de fazer parte em um movimento cultural que lhe ofereceu as mais diversas experiências sociais, causando aprendizado multou sobre sua vida, caráter e direções de seus caminhos, hoje replica suas ações através de seus projetos e arte valorizando essas oportunidades.
Podemos também descrever “Michael Puquevis Ando” de 29 anos, nascido e enraizado em Curitiba, para sermos mais exatos na região sul (bairro Sitio Cercado). Entre as atentas dificuldades da vida “Devis” teve diversas oportunidades que buscou aproveita-las da melhor forma possível, oferecida pelo acaso do tempo e de sua persistência em poder ter voz através daquilo que lhe leva como forma de vida.
Filho da batalhadora Gislaine do Rocio Puquevis, mãe solteira que saiu de casa cedo para trabalhar oportunizando uma vida esperançosa para seus 2 filhos. Neto e criado pelo ferroviário Julio Puquevis da cidade de Jaguariaíva e da funcionaria pública Tereza Guimarães Puquevis da cidade de Castro, onde aprendeu o amor, carinho e respeito ao próximo. Hoje tem sua família espalhada por cidades como, Curitiba, Ponta Grossa, Castro, Jaguaraíva, Matinhos, Irati e Rio de Janeiro.
“Michael Puquevis Ando” hoje casado com Bianca dos Santos Ando também Curitibana e com raízes orientais, onde tiveram a oportunidade de conhecer, trabalhar e aprender muito com as culturas orientais durante 4 anos e meio. Com certeza atribuições que lhes oportunizaram formas diferentes de viver onde buscam manter algumas ações nas terras dos pinheirais.
Oportunidades na qual fizeram “Devis” atravessar o Mundo e espalhar sua arte por diversos países, alem de poder fazer intercambio em 10 estados Brasileiro. Hoje valoriza suas experiencias desses intercâmbios em projetos que agrega o intercambio como principal fator social.
Oportunidades que também fizeram através de seu estilo artístico ser vinculado com diversas marcas, projetos sociais, entidades como ONU usarem em prol a difusão dessa cultura, onde hoje “Devis” circula pelos mais diversos meios sociais, culturais e esportivos.
