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Absenteísmo é um padrão habitual de ausências no processo trabalhista, dever ou obrigação. É usado também para denominar a soma dos períodos de ausência de um funcionário de seu ambiente de trabalho. Com a chegada da revolução industrial, em meados do século XVIII, o processo de produção existente desde os primórdios da civilização foi modificado. Para gerar eficiência na produção em escala foi necessário empregar o controle dos métodos e processos de produção.

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Esse evento atingiu não apenas a tecnologia, mas também as relações humanas. Sem isso, seria impossível medir a produção de trabalho e o alcance efetivo do impacto sobre os consumidores e principalmente sobre a mão de obra escolhida.

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Os anos se passaram e esse processo foi cada vez mais aperfeiçoado na iniciativa privada dos países desenvolvidos após estudos empregados por teóricos, como o guru da alta administração Frederick Winslow Taylor. Com o sucesso alcançado, o conceito também foi aplicado pouco a pouco entre as obrigações e deveres dos agentes públicos em diversas nações.

No Brasil, a importância da produtividade já se tornou comum entre gestores e colaboradores nas empresas privadas. Sem planejamento e metas claras não há como se chegar ao resultado esperado. Infelizmente, essa lógica ainda não é fato quando falamos de gestão pública.

Hoje, nenhum dos três poderes da nação possuem mecanismos transparentes que medem a eficiência de trabalho dos servidores. Uma proposta apresentada pelo cidadão maranhense Ivan Duarte Rocha em 2017 visava mudar esse panorama. Ela previa que todo parlamentar deveria ser avaliado mensalmente por sua produtividade e presença no plenário da Câmara e Senado. Constatada a improdutividade em suas respectivas funções, o congressista perderia o cargo e se tornaria inelegível por um período de oito anos.  O projeto, que não alcançou a adesão de 20 mil assinaturas para seguir adiante, estabelecia parâmetros semelhantes de produtividade dos parlamentares com a maioria dos profissionais da iniciativa privada. Isso seria fundamental para que as discussões de leis e pautas de interesse público tivessem maior celeridade em ambas as casas.

Veja como está o Ranking dos Políticos do seu estado

Levantamento recente feito pela assessoria da Câmara aponta que o número de atividades parlamentares na Casa – audiências públicas, seminários, mesas redondas e painéis – caiu 24% no 1º semestre de 2018 em relação ao mesmo período do ano passado, 617 e 817 eventos respectivamente. Caso a proposta mencionada acima estivesse em vigor, esses números poderiam ser diferentes.

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Apesar disso, diversas frentes da sociedade vêm atuando de forma transparente a fim de modificar o contexto atual. Exemplos não faltam, pois a cada dia surgem plataformas, apps e ações de rua para cobrar e fiscalizar os políticos em geral. Nesse sentido, o Ranking dos Políticos realiza um trabalho contínuo para oferecer informações aos brasileiros sobre a atuação de todos os 594 parlamentares (513 deputados federais e 81 senadores).

Ranking dos Políticos lança App que ajuda o eleitor

Uma parte desse trabalho visa verificar a presença de deputados federais e senadores em sessões plenárias do Congresso. E, infelizmente, os números não são animadores. No Paraná, berço da Lava Jato e caldeirão do cenário político nacional, todos os parlamentares faltaram, somados, 1.102 vezes entre 2015 e 2018. Pior: do total de faltas, 692 não foram justificadas. Os representantes mais ausentes do estado onde Lula está preso foram os deputados Edmar Arruda (PR), com 122 faltas, e Hidekazu Takayama (PSC), com 115. Em média, cada parlamentar paranaense faltou 33 vezes. A média nacional é de 35 faltas, o que mostra o tamanho do problema.

A pergunta que não quer calar: diante de tantas ausências como é possível produzir pautas e temas que beneficiam os interesses da sociedade?

Um outro dado não menos impactante para a população é a soma de valores com cotas e verbas indenizatórias utilizadas pelos 33 parlamentares paranaenses. De 2015 para cá, eles gastaram R$ 42.438.429,43, média de R$ 1.286.013,01 por congressista. No período, somente com combustível e lubrificantes, os deputados e senadores consumiram juntos R$ 3.925.905,17. A quantia foi semelhante aos gastos de consultorias, pesquisas e trabalhos técnicos, que chegou ao valor exato de R$ 4.005.001,35.

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Ferramenta permite pesquisar quais parlamentares respondem a processos

Com números tão exorbitantes, dava para esperar uma atuação mais produtiva dos nossos deputados e senadores. Já passou da hora da população ficar atenta a essas informações e, com base nelas, consiga escolher com melhor embasamento seus candidatos. São dois minutos que valem por quatro anos, pesquise!