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“O maior castigo para aqueles que não se interessam por política é que serão governados pelos que se interessam.”

Arnold Toynbee

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Bem-vindos ao blog do Ranking dos Políticos!

Hoje é a estreia do nosso espaço na Gazeta do Povo – o que nos enche de orgulho, pois o jornal tem se mostrado um exemplo de lucidez e independência dentro da imprensa brasileira.

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O Ranking é uma entidade sem fins lucrativos e apartidária que compara parlamentares de todo o Brasil. Em nosso site, senadores e deputados federais são classificados do melhor para o pior, de acordo com critérios como assiduidade, gastos da cota parlamentar, processos judiciais e votações nas principais decisões do Congresso.

Ao longo do tempo, detalharemos aqui um pouco mais sobre o nosso projeto. Hoje, falaremos sobre um dos principais objetivos do Ranking, que é aumentar a importância que o brasileiro dá ao Congresso Nacional.

A impressão que temos é que, de uma forma geral, o legislativo é subestimado por nossa população. As atenções estão sempre voltadas quase que exclusivamente para o poder executivo.

Façamos um teste: você se lembra em quem votou para deputado federal e senador nas últimas eleições? Se respondeu sim, pode se considerar uma exceção. A esmagadora maioria (79%, segundo pesquisa) não se lembra em quem votou para o Congresso em 2014. E para governador e presidente? Mais fácil, né? Certamente o índice de lembrança de voto é bem maior para os cargos executivos.

É fundamental mudarmos esse quadro, pois fica cada vez mais evidente que a qualidade do Congresso é um fator crucial para definir o sucesso ou fracasso de um governo, afetando diretamente a vida de milhões de brasileiros.

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Infelizmente, identificamos alguns aspectos que indicam uma grande dificuldade para essa missão no curto prazo. Por exemplo, no dia 7 de outubro de 2018 os brasileiros votarão seis vezes:

    Ou seja, cada eleitor terá que apertar 25 vezes os botões da urna eletrônica  (incluindo a tecla “confirma” para cada voto) para escolher seus novos – ou velhos – representantes a partir de 2019.

    Será que o eleitor médio será capaz de memorizar tantos números? Mesmo que faça uma “colinha”, será que vai se dedicar para estudar as melhores opções, entre tantos candidatos, para cada uma das vagas em disputa? É pouco provável…

    Tal situação, em conjunto com o atual cenário de polarização e incertezas em torno da corrida presidencial, colabora para que as eleições do Congresso mais uma vez fiquem em segundo plano nas discussões políticas do dia a dia.

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    Além disso, as mudanças na regra eleitoral – com o tempo de campanha mais curto e o financiamento público, que certamente serão controlados pelos grandes caciques dos partidos – contribuem para que a renovação do legislativo seja algo muito difícil de acontecer em 2018.

    Assim, é possível que tenhamos muitos votos nas legendas dos partidos, ou que os eleitores acabem escolhendo os candidatos mais famosos, muito mais fáceis de serem lembrados do que as novas opções.

    Nesse cenário, o Ranking dos Políticos aparece justamente como uma ferramenta para ajudar o eleitor no processo de escolha entre os candidatos que tentam a reeleição.

    Para evitar que as velhas raposas da política permaneçam no poder, o Ranking torna mais fácil a tarefa de separar o joio do trigo e escolher quem merece mais um mandato e quem merece um sonoro “tchau, querido”.

    Até outubro, vamos abordar os temas mais importantes para definir um voto consciente e melhorar a qualidade do nosso Congresso. Mais do que nunca, precisamos manter os bons parlamentares (sim, eles existem!) e tirar os ruins de Brasília.

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    Será uma longa jornada, e esperamos que cada vez mais brasileiros se interessem por política – para que não sofram o castigo de serem governados pelos que se interessam.

    Mas não vamos ficar só na discussão sobre o futuro presidente. Nos últimos anos, ouvimos muitas perguntas como “Tá, mas e o Cunha?”, “E o Lula?”, “Mas e o Aécio?”, e por aí vai. Nossa pergunta para as eleições deste ano é:

    Tá, mas e o Congresso?