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Quando um relacionamento termina, o primeiro passo é tentar realinhar o dia-a-dia, sair, cuidar dos projetos que estavam engavetados, fazer um curso, viajar, voltar à academia e a sair em busca de novos amigos.

Um belo dia se descobre com os olhos brilhando, a pele mais viçosa, sorrindo à toa, fica difícil disfarçar que a paixão está no ar…

Tem gente que esquece de tudo e de todos e mergulha de cabeça no novo relacionamento. Esquece até que não é sozinho, que está entrando na relação com uma, duas, três ou mais “bagagens” da união anterior. Os filhos começam a perceber que algo está acontecendo e começam a cobrar presença. Querem saber porque a demora ou ficam ligando seguidamente no celular.

Nessa hora todo o cuidado é pouco, afinal é a primeira impressão que fica, não é mesmo? Digo isso porque muitas pessoas por carência ou porque ficaram muito tempo presas a uma relação fracassada, não querem perder tempo e engatam uma relação atrás da outra. Mal engrenam um namoro e já começam a enumerar os defeitos do par esquecendo que ela mesma tem os mesmos defeitos e não é perfeita.

A explicação para tanta troca de parceiros está relacionada ao individualismo dos tempos atuais. As pessoas estão mais interessadas na própria satisfação do que na do parceiro. Quando algo começa a ir mal, a tendência é querer mudar, sair fora da relação e continuar a busca do par perfeito… Tem gente que nem se importa em demonstrar interesse por outra pessoa mesmo estando, ainda, num relacionamento.Este tipo de atitude pode gerar muita revolta nos familiares, podendo, inclusive levar o parceiro ao vício da bebida, quando este apresenta tendência para tal.

Neste troca-troca, geralmente, o envolvido, muitas vezes, esquece das pessoas que dividem com ele o cotidiano e acham normal apresentar aos filhos e familiares toda hora um(a) novo(a) pretendente.

Relacionamentos em série podem ter seus encantos e novidades, mas a separação quase sempre envolve muita perda. Os sonhos, os ideais e as realizações se transformam em frustração. Quando depositamos muita confiança ou expectativas na pessoa que idolatramos, o risco de nos decepcionar é muito grande e estas decepções podem levar à ruptura do vínculo. Estamos sempre esperando que o outro satisfaça as nossas expectativas ou, que compartilhem do nosso caminho e vice versa. Quando o outro não pensa como nós, num piscar de olhos, corremos o risco de por tudo a perder. A velocidade em que se troca de parceiros e se divorcia nos dias atuais facilita a precipitação. O arrependimento tardio pode consumir o coração de quem agora necessita ir em busca de um novo parceiro para preencher o vazio da alma.

A vingança não leva a nada
Muitos pais costumam utilizar os filhos para agredir o ex-cônjuge. Tal situação ocorre, principalmente, quando houve traição ou então quando a pessoa não aceita a separação. Nas situações em que a pessoa literalmente foi trocada por outra, o desejo de vingança pode ter desfechos trágicos.

É da natureza humana reagir à dor do desprezo. Quando a pessoa não consegue dizer a outra que se sente ferida, o rancor e o ódio levam-na a se afogar em lágrimas e a tramar a vingança.
Infelizmente uma das armas utilizadas diz respeito a usar os filhos apresentando uma nova paixão para atingir o(a) ex. Os homens são educados desde pequenos para atuar; para devolver a agressão quando provocados. As mulheres são ensinadas a serem sempre amáveis. Por esta razão as mulheres costumam planejar vinganças mais elaboradas e sutis. Com o ego ferido, tudo pode acontecer. Não somos preparados para lidar com as perdas. É um exercício difícil de ser aprendido.

Lembre-se sempre de que a vingança é um sinal evidente de que você ainda se importa com o parceiro e, que qualquer atitude de desatino o(a) rebaixa. Jamais use um filho como munição para atingir o(a) ex. Nem tampouco se faça de vítima.
Como e quando apresentar o novo par aos filhos?

Antes de pensar em apresentar o(a) novo(a) namorado(a) aos filhos os pais devem fazer uma séria análise da relação. Avaliar se está com a pessoa porque gosta, porque quer e se sente bem ou porque precisa de alguém. As pessoas não se precisam, elas se completam não por serem metades, mas por serem inteiras e estarem dispostas a dividir objetivos comuns, alegrias e a própria vida.

Levar o namorado em casa pela primeira vez requer uma série de cuidados para evitar conflitos com os filhos e outros membros da família. O primeiro contato deve acontecer da forma mais natural possível e, de preferência, depois que o namoro já estiver engrenando. O ideal é preparar o terreno aos poucos, com algumas brincadeirinhas, dando a entender que tanto o pai quanto à mãe tem o direito de refazer a vida afetiva. Os pais não devem se anular em função dos filhos, no entanto, é preciso ter bom senso para descobrir o momento propício para a apresentação.

Atualmente os filhos convivem com amigos que já passaram ou estão passando pela mesma situação, e comentam que o pai ou a mãe do amigo está namorando. Deve-se sempre conversar com o(s) filho(s) sobre o que está acontecendo e explicar que esta pessoa não veio para substituir o pai ou a mãe. A pessoa deve ser apresentada como namorado(a) e não como amigo(a).

Mesmo com todos os cuidados é possível presenciar cenas de ciúmes, choro, malcriação ou ataque de fúria. Cabe ao pai ou a mãe resolver os conflitos e impor os limites. Quem está chegando deve ter bom senso e ficar longe da discussão. Geralmente, os filhos pequenos aceitam com mais facilidade os namoros do que os adolescentes. Os pais devem evitar que os filhos pequenos chamem o novo parceiro de pai ou mãe. O correto é orientar que chamem pelo primeiro nome.

É muito importante não transformar a apresentação do novo par em tempestade. Com o passar do tempo os ânimos se acalmam e a aceitação e convivência acontecerão naturalmente.

No começo os pais devem evitar demonstrações de muita intimidade na frente dos filhos, para que não aconteçam cenas de ciúmes, principalmente se os pais se separaram há pouco tempo.

As demonstrações de afeto e carinho devem acontecer na medida em que o relacionamento afetivo for amadurecendo e tornando-se familiar às crianças. As relações sexuais devem sempre acontecer longe dos filhos. Só devem dividir a cama em casa quando o namoro já estiver evoluído para um compromisso sério.

Um novo relacionamento modifica o cotidiano de todos os envolvidos e, certamente, os programas passarão a ser: a dois, envolvendo à(s) família(s) e com os filhos. Jamais deixar de preservar momentos só para os filhos. É a melhor maneira de demonstrar afeto e tranqüilizá-los, para que se sintam seguros e percebam que não perderam os espaços que lhes pertencem.

É importante nesta nova relação não esquecer os valores morais que até agora fizeram parte da educação dos filhos. Quem está entrando na estrutura familiar precisa ter sensibilidade, jogo de cintura e diplomacia para perceber seu funcionamento. Desta forma o convívio fica mais fácil e harmonioso.

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