Estudo da Universidade de Brasília revela que as mulheres andam mais insatisfeitas no casamento e tendem a ter mais queixas do que os homens. Segundo a pesquisa, elas querem viver eternamente o clima de romance. Já os homens, depois que passam da fase da conquista, buscam outras coisas, como o sucesso financeiro.
O que as pessoas devem levar em consideração é que nenhum relacionamento a dois está isento de frustrações e mágoas. É possível vivenciar uma relação amorosa permanente de um jeito mais positivo, valorizando os momentos felizes. As relações são construídas com o companheirismo e não são feitos apenas de momentos românticos.
A convivência entre diferentes tipos de personalidade e estilos pode significar o sucesso ou o caos de um relacionamento. A questão é saber lidar com a diversidade.
Muitas mulheres insatisfeitas na vida conjugal optam pelo grito de liberdade e se jogam de cabeça no trabalho. Este sempre foi um comportamento masculino. Sim, hoje encontramos mulheres workaholic. Para muita gente trabalhar mais de 12 horas por dia e perder finais de semana inteiro envolvido em algum projeto, muitas vezes, consciente ou inconsciente pode representar fuga de problemas íntimos ou familiares.
Caio, 47 anos, engenheiro, casado há 20 anos com Ana Rita, gerente de vendas, alega que não aguenta mais vê-la no trabalho 12/13 horas. Ela reclamava muito quando ele chegava tarde da empresa. Aos pouco foi mostrando desinteresse pelos assuntos da casa, já não era mais tão companheira e carinhosa e lentamente começou a ficar sempre até mais tarde na empresa. Ana Rita tornou-se obcecada pelo crescimento profissional e pelo sucesso. Diversão e prazer ao seu lado tornaram-se raridade: cinema, teatro, um passeio no parque, fazer sexo, o que é isso?
A história deste casal mostra o comportamento de homens e mulheres no século XXI. Um mundo competitivo onde é primordial estar conectado 100% do tempo, por meio de notebooks, MSN, celulares, reuniões, jantares ou almoços de negócios e ainda alimentar a neurose de fazer networking o tempo todo. Resultado: homens e mulheres insatisfeitos com a própria vida. Falta qualidade de vida, um abraço afetuoso, deitar na rede e esquecer a vida – por alguns minutos – um bate papo gostoso, assistir um filme no sofá, lembrar da família. O trabalho deve ser gratificante e enriquecedor. A questão é aproveitar a vida sabendo dosar trabalho e lazer.
Caro leitor: Quem anda mais insatisfeito na vida conjugal?