O bom humor é a fórmula mágica para envelhecermos bem! Cada vez mais surgem evidências científicas sobre a importância e a influência do bom humor para a saúde física, mental e emocional das pessoas.
Ninguém duvida que as pessoas bem humoradas, em geral, são bem sucedidas em seus relacionamentos pessoais, profissionais e amorosos. Elas atraem amigos e são sempre lembradas com carinho.
Sem contar que as pessoas adoram conviver com elas. “Para o bom humor não há contra indicação”, costumam brincar. A vida fica mais leve e os problemas tornam-se bem mais fáceis de serem resolvidos.
Raul, 32 anos, solteiro, advogado é cômico, divertido, espirituoso e quando está presente o ambiente muda, literalmente. Ele tem a capacidade de tornar o ambiente agradável sempre respeitando a todos. Na roda de conversa conta suas experiências, levanta o astral dos presentes e é sempre lembrado para animar qualquer tipo de encontro. Ele sempre diz que se afasta de pessoas ranzinzas, mal-humoradas e que só reclamam da vida. E quando tentam saber de onde vem tanta alegria, energia e bom humor ele dá a dica: “Pela manhã posso acordar bem humorado ou mal humorado. Opto sempre em acordar para a vida, porque percebi que acordar com o pé esquerdo dá tudo errado.
Neste dia a namorada briga com você, o trânsito anda engarrafado e lento, ficar na fila do banco é um saco, você prende o dedo na porta, parece que a sua vida vira um inferno. Decidi então mudar meu jeito de encarar as coisas e a vida. A cada amanhecer antes de levantar mentalizo só coisas boas, para sair de casa alto astral. Os problemas e a cara feia deixo em casa. Notícia ruim, passo longe!”
Quando nos damos conta de que falta alegria em nossa vida é preciso refletir se não vivemos reclamando de tudo: custo de vida que está alto, o aumento do salário que não veio, o desemprego, a violência urbana, a falta de decência de muitos governantes, o descaso com a saúde pública, a miséria, a tragédia e tudo o mais que nos incomoda e entristece.
Rafaela, 43 anos, designer, divorciada é do tipo que só sabia reclamar da vida, dos assaltos, de doença, da falta de homens disponíveis e da falta de dinheiro. Até que um dia conheceu aquele que poderia ser o homem da sua vida. Antes de completar dois meses de namoro ele terminou alegando que durante a paquera ela se mostrara bem humorada e alegre, mas que aos poucos o quadro foi mudando. A paixão foi perdendo força e o desencanto fatalmente aconteceu. As lições foram difíceis, mas o aprendizado rendeu bons frutos. Hoje sorri a distância, atende ao telefone com alegria.
Mais solta e de bem com a vida acabou de conhecer Felipe…
Homens e mulheres com problemas financeiros costumam ficar mal humorados. Mas é o homem que mais desabafa e descarrega sua frustração diante do caos financeiro. Assim que a situação se reverte, o mal humor some. Estudos mostram que a andropausa pode deixar o homem mal humorado ou irritado. Com a chegada do envelhecimento físico pode vir junto, também, a falta do desejo sexual, que está ligada ao fator psicológico e, em alguns casos, à diminuição da produção de testosterona, o hormônio sexual masculino.
A andropausa não é igual para todos os homens, mas todos experimentam alguma diferença no modo de sentir a vida a medida em que a velhice vai chegando. Embora a idade seja a causa da andropausa, os homens mais emotivos, menos autoconfiantes e seguros de si estão mais predispostos aos efeitos da apatia.
Já as mulheres costumam ficar mal humoradas no período pré-menstrual. Ela poderá oscilar entre crises de choro, raiva e depressão. Algumas ficam agressivas e irritadiças. Assim que a menstruação vem, tudo volta ao normal. O mesmo pode ocorrer na menopausa. Tanto os sintomas orgânicos como os hormonais podem e devem ser tratados. Haja paciência dos namorados e dos maridos.
O próprio relacionamento em si pode deixar um dos cônjuges mal humorado. Falta de tempo para a relação, insatisfação, medo da traição. O diálogo deve sempre ser o melhor canal de comunicação e entendimento.
O que fazer quando o mal humor faz parte do temperamento da pessoa amada?
Em geral essas pessoas se cobram demais, são detalhistas, possessivas, críticas e se preocupam demais consigo e com os outros.
Conviver com este perfil não é nada fácil. Exige muita tolerância por parte do parceiro e dos familiares. O casal deve conversar abertamente sobre o assunto para que a pessoa se dê conta de como está agindo e que mudanças comportamentais são bem-vindas para o bem da relação e do ambiente familiar.
Não é de hoje que se conhece a importância do riso. Existe coisa melhor do que estar ao lado de alguém que consegue lidar com as chatices do cotidiano com bom humor?
Uma convivência tranqüila com parentes e amigos e um casamento feliz fazem um bem danado à saúde. É preciso ser capaz de rir de si mesmo e das próprias fraquezas, das trapalhadas da vida, achar graça das loucuras do outro e das próprias loucuras e rir junto com o companheiro diante dos imprevistos do dia-a-dia.
