Minha família adora meu marido. Estamos casados há três anos. Ele sempre foi muito amoroso com todos, exceto comigo. Desde o início do casamento vivia implicando com tudo. Eu sempre reclamava para o melhor amigo dele, que me dava a maior atenção. Acabamos tendo um caso. Terminamos e, depois de um ano, reatamos. Não sei mais o que fazer porque justo agora meu marido melhorou, está mais carinhoso e até divide as tarefas domésticas. Confesso que a separação me assusta porque não tenho independência financeira. Estou confusa. Amo o meu marido, mas ele critica tudo o que faço, meus amigos, minha família, meu jeito de vestir. Com o amante tenho atenção, aconchego, posso ser eu mesma, sem cobranças, desejo e muito prazer…
Cada pessoa que conhecemos é uma espécie de espelho para nós. Algumas refletem nosso lado alegre, amoroso, sonhador e encantador. Outras refletem aspectos mais profundos que, consciente ou inconscientemente, desejamos mudar, como a frustração a inveja, o ciúme, entre outros. Então as rejeitamos alegando que estão erradas, não perdemos a oportunidade de criticar o seu modo de ser, apontando as suas imperfeições, deixando de ser tolerantes com os seus pequenos deslizes. Aos poucos, racionalmente, deixamos de valorizar o lado bom em detrimento das falhas do ser amado.
Em geral, as pessoas que mais nos irritam surgem em nossas vidas para ensinar o que precisamos saber e compreender a nosso respeito.
A insatisfação crescente com os relacionamentos reflete as grandes transformações que vivemos desde a década de 70. O amor romântico – com a idéia de fusão – vem saindo de cena deixando as pessoas muito mais individualistas. Convivemos com uma nova estrutura familiar, sexo virtual, a busca de um amor idealizado e com as relações extraconjugais. As conseqüências de tudo são frustração e desilusão. É impossível encontrar tudo numa única pessoa. As pessoas dão à medida que tem para dar. Ninguém dá o que não tem…
A grande maioria dos relacionamentos passa por momentos difíceis, oscilando entre situações boas e ruins, principalmente nos primeiros anos. Este é o período da adaptação, de reconhecimento da vida a dois, de acertos e erros, de tolerância, de ceder, trocas mútuas e, principalmente, de muita vontade de acertar. As discussões são saudáveis quando têm a intenção de achar pontos em comum. O início de qualquer casamento é pautado por duas pessoas que vieram de culturas, famílias e valores diferentes, que estão se propondo a viver harmoniosamente.
É preciso muita calma e paciência para superar estes momentos que nem sempre são fáceis. Certamente não é nas primeiras dificuldades que se vira às costas para o parceiro à procura de consolo e novas emoções.
Acho que a saída é repensar sobre os seus valores. O que você espera do casamento? Por que casou? Entre de cabeça no relacionamento com o seu marido, principalmente agora que ele se dispos a mudar. Aproveite o momento para aparar as arestas e esclarecer os pontos de desentendimento. Diga com todas as letras como gostaria de ser tratada. Antes de pensar em separação, pense em reconstrução. Só aconselho a separação quando todas as tentativas de reparação fracassarem.
Quem ama trai?
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