Falar é fácil, cumprir é outra história. Quem nunca cruzou com pessoas que falam, falam e não passa disso. Algumas pessoas costumam fazer juras de amor eterno com palavras doces que mais parecem mel, capaz de endorfinar a pessoa e arrastá-la para o mundo dos sonhos.
Quem promete algo ao seu amor, deve pensar muito bem. As belas palavras, um dia, podem se transformar numa armadilha.
José Felipe, 35 anos, engenheiro deixou a noiva Maria Alice, 27 anos,
advogada “plantada” no altar. Foram três anos de namoro e dois de noivado. Ela lembra que, muitas vezes, se empolgava com manifestações verbais e depois percebia que elas não vinham acompanhadas de ações. Reconhece que se deixava seduzir por belas palavras, cartões postais, bilhetinhos com juras de amor, e-mails com promessas de casamento e flores, muitas flores com cartões maravilhosos. Tudo guardado numa bela caixa rosa.
Maria Alice, sentindo-se lesada, decidiu abrir a caixa rosa e deu entrada numa ação indenizatória. Tinha como provar em juízo que a finalidade do relacionamento era constituir uma família.
Todos os comprovantes referente ao casamento que não aconteceu, tais como convites, vestido de noiva, pagamento antecipado do buffet, passagens aéreas, reservas de hotel, fotógrafo, ornamentação da igreja, salão e demais gastos correspondentes às providências necessárias para a cerimônia, foram anexados ao processo.
Maria Alice sentiu-se humilhada perante os familiares e amigos e não deixou barato. Ela pediu judicialmente, ao “antigo amor” o ressarcimento de todas as despesas e uma indenização por danos morais.
“Ninguém é obrigado a ficar com quem não quer. Ele deveria ter conversado comigo antes e não me deixar esperando no altar”. O dinheiro da indenização doou para um asilo.
O fato é que existem pessoas que fazem da sedução seu esporte favorito.
Ramon, 28 anos, publicitário, bonito, “sarado” tem fama de Dom Juan.
Ele é do tipo que promete ligar e não liga. Diz que vai aparecer e só aparece na semana seguinte, marca um jantar e muda de idéia, se declara apaixonado e sai com outra, pede em namoro e não age como namorado.
Mesmo agindo desta forma, as mulheres correm atrás dele.
Luciana, 23 anos namorou com ele durante dois meses. Ela ficava se enganando achando que ele mudaria e que com ela as coisas seriam diferentes e poderiam ser felizes para sempre. Aos poucos percebeu que havia uma repetição de padrões e um vaivém de promessas e desculpas, de erros e arrependimentos. Os amigos avisaram que estava entrando numa “furada”. Resolveu apostar. Não deu certo. Abandonou o barco para ir buscar a sua felicidade em um porto mais seguro.
Tanto no amor como na vida, palavras são meras palavras. Sem ação nada acontece…