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Os apelos sexuais na mídia em geral nos induzem a acreditar que vivemos a era da sensualidade e dos prazeres. Imediatamente a mente viaja para um mundo repleto de prazeres, sem inibições onde casais apaixonados desfrutam de uma vida sexual sem limites.

No entanto, os estudos comprovam que tudo isso não passa de aparência. Na sociedade atual sexo virou obsessão, mas a cada dia que passa homens e mulheres tem menos disposição para o sexo. O corre-corre do dia-a-dia e as exigências dos tempos atuais são responsáveis por uma sexualidade menos ativa. Ou seja, quando a pessoa cai na cama só pensa em dormir. É gente normal, bem resolvida, sem problemas na área da sexualidade, tem parceiro fixo, mas que anda sem disposição.

João Carlos, 37 anos, jornalista, solteiro, costumava fazer brincadeiras com os colegas da redação. Quando algum deles chegava mal humorado, já sorria com um ar malicioso. “Ih! Já percebi que não rolou… Coitada da “patroa” quase morreu de tanta dor de cabeça”… Os colegas foram agüentando suas brincadeiras.

Em 2004 João Carlos casou. Os amigos deitam e rolam quando ele chega mal humorado. Ah! A dona “patroa” teve uma forte dor de cabeça na noite passada…

Os casais que passam pelo excesso de calmaria na cama sabem que sexo dá mais trabalho do que se pensa. Com um cotidiano recheado de atrações dispersivas como: trabalho, filhos, internet, trânsito, tv, estudo, academia, happy-hours, viagens a negócios e ainda as obrigações do lar, fica difícil conciliar com uma noite de fogo e paixão. Cabe ao casal conversar abertamente sobre a insatisfação no plano sexual e ter coragem para juntos rever valores e buscar melhor qualidade de vida.

Muitas vezes a preguiça para o sexo pode ter raízes mais profundas. É preciso saber perceber quando é mero cansaço ou quando existe uma desmotivação generalizada associada à queda de hormônios ou a uma depressão. O stress diário para honrar os compromissos afeta o estado de espírito. E muita gente acaba transferindo este sufoco para a cama. Principalmente quando o nervosismo e a ansiedade pregam uma peça no super-homem e o levam a falhar. Para o psicanalista Luiz Cuschnir, “o trabalho é o pano de fundo da identidade masculina. Quanto mais dinheiro mais macho. Na ótica feminina, o insucesso profissional não deixa de ser visto como um fracasso da masculinidade”.

Ter uma vida sexual prazerosa requer dedicação, o respeito à lei do desejo do parceiro e tempo para fantasiar. Amizade, paixão, desejo e carícias são os elos que mantêm uma união duradoura e gratificante. Cada um deve fazer a sua parte e não ficar esperando que o outro tome a iniciativa. O toque, o clima do momento mágico da entrega, o olhar de desejo e a sedução são os principais processos da sensualização que irão aquecer o romance.

Cada casal deve mensurar a freqüência ideal de relações sexuais de forma que ambos saiam satisfeitos. Tem gente que precisa de muita quantidade, outros se satisfazem com pouca, mas primam pela qualidade. Os momentos de amor de um casal são privativos e devem ser aproveitados para fortalecer os laços do relacionamento amoroso. Driblar a canseira, ficar atento às necessidades emocionais e físicas da intimidade, apostar na inventividade e na criatividade da arte de seduzir e se relacionar, deixará a vida muito mais colorida.

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