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ABIDJAN – Diversos setores da sociedade da Costa do Marfim acreditam que a Copa do Mundo será a oportunidade ideal para conseguir a paz, já que o povo esquecerá as diferenças para se unir no amor pelo país.

Os “Elefantes”, como são conhecidos os jogadores da seleção, se classificaram pela primeira vez para um Mundial. E apesar da equipe estar no grupo considerado o mais difícil do torneio (ao lado de Argentina, Holanda e Sérvia e Montenegro), a maioria dos marfinenses está confiante em uma boa campanha.

A Costa do Marfim ainda sofre as conseqüências econômicas do conflito armado de 2002. Por isso, o futebol representa muito mais que um esporte: é a oportunidade de se recuperar a imagem do país.

Com a infra-estrutura mais desenvolvida do oeste africano, a Costa do Marfim, maior produtor de cacau do mundo, era considerada até o início do século um centro de estabilidade econômica.

No entanto, depois dos motins de 2000 e da rebelião de setembro de 2002, que dividiu o país em dois, a sua economia sofreu um grave queda. Agora, a esperança é de que os Elefantes levem o país à paz definitiva.

Apesar do armistício assinado em 2003, o norte da Costa do Marfim continua nas mãos das milícias das Forças Novas, partido político que reúne os antigos grupos rebeldes, enquanto o sul está sob controle das forças leais ao Governo.

Boa parte dos jogadores da Seleção não apóiam publicamente nenhum dos lados. Mas todos sabem das expectativas da sociedade sobre sua atuação no Mundial.

Acompanhe a cobertura completa do mundial, no site da Copa.

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