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O desemprego afeta o relacionamento conjugal

O trabalho é o pano de fundo da identidade masculina. Os homens sabem que as mulheres procuram homens interessantes, emocionalmente estáveis, potentes sexualmente e bem sucedidos na carreira profissional. Esta seria a garantia de segurança em quase todas as áreas do plano pessoal. Porém, a perda do emprego é uma experiência que traz ao indivíduo e ao casal muito estresse. Principalmente porque ele acredita que fracassou no papel de provedor e, porque crê que na ótica feminina o insucesso profissional não deixa de ser visto como um fracasso da masculinidade. A perda do prestígio é aterrorizante.

No entanto, nos dias atuais, quem não está sujeito a perder o emprego de uma hora para outra? Com tantas situações adversas como catástrofes, desvalorização cambial, iminência constante de guerras e ações terroristas, grandes corporações mundiais estão eliminando mais e mais postos de trabalho. Quem passa por isso sofre um tremendo abalo. Entram em xeque aspectos sociais, as experiências profissionais, a estrutura familiar construída, as aspirações e desejos da realização pessoal, inclusive, crenças e valores.

Esse novo elemento que afeta drasticamente o padrão de convivência pode trazer crise ao relacionamento. Com o desempregado surge a insegurança, ansiedade, medo, diminuição da auto-estima. A crise acaba atingindo todos os membros da família.

Quando é o homem que fica desempregado a situação é ainda bem mais complexa. Ele tem dificuldades em delegar à mulher o papel de provedor. E, nesta hora, muitas vezes, ela é quem vai suprir as necessidades financeiras, enquanto ele busca a recolocação profissional.

Quem perde o emprego, passa a se preocupar com as contas, fica impaciente e perde a calma com facilidade. A ociosidade, a falta de dinheiro, a frustração diante de inúmeros fracassos na busca de um novo emprego, acaba deixando a pessoa sensível, nervosa e até depressiva. A nova situação é sempre grave. Obriga a família a se adaptar a nova realidade.

Nestas horas, quase sempre os amigos somem. A família se obriga à adaptação das mudanças financeiras e o casal, muitas vezes, entra em crise. Afinal, ambos ficam angustiados e nervosos.

Dicas para superar a crise:

– Diálogo: cuidado com as palavras. É hora da compreensão do incentivo, de dar força ao cônjuge. Cuidado para não entrar em nenhuma briga provocada pelo nervosismo.

– Tempo ao tempo: o desempregado deve saber o momento certo de arregaçar as mangas e ir à luta, seja, enviar currículos e procurar contatos importantes. Evite ficar pressionando.

– A família toda deve colaborar cortando supérfluos e ajudando no pagamento das despesas.

– O desempregado precisa entender que não adianta descontar suas frustrações no cônjuge e na família. Neste momento difícil todos devem ser solidários.

– Cobranças podem levar a pessoa desempregada a um colapso psíquico.

– Nesta hora é preciso união, carinho e apoio da família para que a pessoa se sinta emocionalmente estruturada para enfrentar momentos difíceis.

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