O atual perfil da figura paterna passa longe do modelo autoritário e ausente do passado.
A redefinição do novo papel do homem e da mulher teve início a partir da entrada da mulher no mercado de trabalho.
A mãe sempre teve uma ligação mais forte com os filhos e não é apenas pela natureza biológica, mas sim pelo resultado histórico, social e cultural. A explicação é que os homens eram considerados incapazes de cuidar dos filhos. Mesmo diante de um posicionamento por parte do homem em assumir os cuidados com o filho, essa possibilidade era negada pelas instituições da sociedade.
O pai ausente, pouco participativo, que não demonstrava seus sentimentos, pois isso era sinal de fragilidade, só se fazia presente na hora da bronca, de dar ordens e impor disciplina.
Felizmente, hoje o modelo é bem diferente. Vemos um pai mais presente, amoroso que cria vínculos afetivos fortes. Estou fazendo referência ao que se emociona, chora troca fraldas, leva o filho para a escola e a noite, mesmo cansado, conta histórias até o filho adormecer.
O referencial masculino representa um suporte emocional de suma importância na vida de uma criança. Um pai, um tio ou um avô amoroso e próximo, certamente, representa autoestima elevada, confiança e equilíbrio. O papel do pai é estimular a independência, dar limites e soltar as amarras dos filhos. Vale lembrar que afeto, bons exemplos e participação fazem parte de uma educação saudável.
Todavia, entre a teoria e a prática, nem sempre é fácil educar os filhos e ser um bom pai. A crescente competitividade do mundo moderno exige dos profissionais um esforço quase heróico. É preciso muita paciência, boa vontade, energia e muito amor para conseguir equilibrar a vida profissional, pessoal e familiar.
É muito gratificante ver como a cada dia os homens respondem com novas habilidades as mais diferentes exigências sociais. É possível observar os pais acompanhando os filhos no cinema, no pediatra, nas reuniões escolares, nos parques, levando e buscando na escola.
O pai moderno se veste com roupas mais coloridas. Mais presente encara novos desafios: não tem vergonha de trocar fraldas em público e nem esconde a sua satisfação com a vida familiar. O papel de provedor não é mais apenas do homem. O casal divide as despesas e quem ganha menos pode ficar com a responsabilidade de cuidar da casa e das crianças: educar, dar carinho e aconchego. O pai empurra o carrinho do bebê e nem se importa com os comentários por ter saído do emprego para cuidar do(s) filho(s).
Não basta ser pai, tem que participar!
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