Quem perguntar a qualquer pessoa que esteja se preparando para sair com alguém, qual o objetivo do encontro, poderá até se convencer de que não existe nada de romântico na história.
Mas uma coisa é certa: o grande e verdadeiro motivo, dificilmente revelado, é encontrar alguém especial para ser feliz no amor.
Num primeiro momento os dois ficam expostos como se estivessem numa “vitrine”.
Se agradar não custa nada velar as intenções e se comportar como se fossem amigos. No entanto, no íntimo, examinam-se mutuamente, procurando no companheiro alguma coisa em comum que seja o ponto de partida para o namoro.
Mas, namoro cujo objetivo é a preparação para o casamento? Pode ser que sim, pode ser que não… Nos dias atuais pode ser um simples “ficar”, que significa não ter compromisso. Saem, vão ao cinema, freqüentam as respectivas casas, fazem sexo, como se fossem namorados, mas o tradicional “Quer namorar comigo?” não acontece. Coisas de adolescente? O “ficar” da moçada parece ter contaminado as relações de outras faixas de idade, e, lamentavelmente, gente grande, que poderia ter um pouco mais de discernimento, está se deixando seduzir pela quantidade, ao invés da qualidade.
Mas, será que os “ficantes” também comemoram o Dia dos Namorados?
Pode parecer utópico falar de amor, num tempo em que as pessoas se deixam iludir por relacionamentos fugazes e superficiais.
Se o amor idealizado pode ser tão maravilhoso, por que tanto medo de se envolver?
Por que tantos encontros e desencontros? Tem gente que está namorando, mas não assume. Inclusive, de vez em quando sai de cena por uns tempos para não caracterizar compromisso, envolvimento com a família ou perspectivas de algo mais sério. Quando os amigos perguntam, a resposta é curta e grossa: “estamos ficando”.
A experiência do amor é a que realmente nos coloca em contato com a verdadeira dimensão da vida. Enquanto não amamos e somos amados não podemos afirmar que realmente vivemos.
Quem continuar a viver as relações de forma descompromissada, dificilmente irá se envolver verdadeiramente com alguém. Medo de sofrer, da responsabilidade ou de gostar tem quem já sofreu por amor. É preciso crescer emocionalmente para ter condições de encontrar um bom par. É importante apostar na confiança mútua como alicerce de um relacionamento estável e duradouro e baixar as expectativas, caso contrário a desilusão virá. Um dos segredos é exigir menos e se entregar mais. Relacionamento é troca: afeto – sexo – amizade – companheirismo.
O namoro é fase de aprendizagem, reconhecimento das nossas forças e fraquezas mútuas. É o período de resolver ou aceitar diferenças, ou de concluir que não se está com a pessoa certa. É uma fase de ajustamento em que normalmente há tensão e conflitos.
Geralmente quando nos apaixonamos, perdemos a razão e agimos só com o coração. Erramos porque ninguém nasce sabendo amar. E, na maioria das vezes os modelos a nossa volta nem sempre são os melhores. Que tal aprender a usar razão e coração juntos, com sabedoria e amor, para, enfim, poder dizer com todas as letras: “Quer namorar comigo?”
