Você está perdidamente apaixonado. Tem certeza que encontrou o amor da sua vida. Está consciente de que todo mundo precisa de alguém para amar e ser amado, para dar aquele colorido especial ao seu viver. O casamento acontecerá no próximo mês. Foram cinco anos de namoro. No entanto, alguma coisa o incomoda. Você sua frio, vive agitado. Não consegue dormir direito. Medo do casamento? Será?
De repente o sonho começa a ficar distante, a angústia aperta o peito e finalmente a solução: o telefone. No meio da noite você liga para a amada e diz solenemente: ” Querida, precisamos conversar, estou indo aí.”
No caminho você não pensa em outra coisa a não ser como falar das suas fraquezas, do seu segredo e das mentiras. Seu amor lhe dá um abraço, um beijo e com os olhos cheios de lágrimas vai logo dizendo: fala… Assustado, porém convicto de que é isto mesmo que deve fazer.
Então, começa a relembrar dos altos e baixos dos primeiros dois anos de namoro, das idas e vindas. Relata que neste período se envolveu com uma garota e que tem um filho nascido deste envolvimento. Silêncio. Lágrimas. Depois de um tempo ela lhe dá um beijo e diz: “Vamos criá-lo juntos”.
Este é o verdadeiro amor. Amor maduro com chance de final feliz. No entanto, existem casais e membros dentro da família que preferem esconder, por medo de ferir o outro, certas informações consideradas como “tabus”. Filhos dados em adoção, abortos, traições, fracassos, demissões, etc.
É enorme a quantidade de segredos e mentiras que podem existir dentro de um relacionamento e que acabam sendo varridos para debaixo do tapete. Na maioria das vezes acabam vindo à tona da forma mais cruel possível. Ocultar pode machucar muito e, muitas vezes, pode ser motivo de separação.
O que atemoriza e leva a ocultação da verdade é o medo de perder o ser amado. É o medo do abandono. O segredo guardado a sete chaves geralmente está relacionado a algum fato vivido do qual o autor se envergonha e teme que se descoberto provocará dor, sofrimento e decepção dentro da família.
Quem guarda um segredo ou mente é um eterno sofredor. Tem medo de falar dormindo, vive acuado e inconscientemente acaba distante dos envolvidos. Muitas vezes, o parceiro acaba intuindo e desconfia que existe algo errado.
Isa e Mauro mantiveram um relacionamento de quatro anos. Neste período ele sempre dava demonstrações de que precisava ficar sozinho em casa para “respirar”. Uma vez por mês criava alguma situação ou stress para poder ir para o seu apartamento e ficar no seu canto. Depois de quatro anos ela perdeu a admiração e o tesão pelo parceiro porque passou a acreditar que ele não era feliz com a sua sexualidade. Começou a juntar as peças: comentários da melhor amiga dele, fantasias e propostas que fazia na hora de fazer amor, lances que ela pegou no supermercado, que o deixaram sem graça. A partir dali ela passou a observa-lo mais de perto e percebeu que, ele se dizia infeliz com o relacionamento porque, provavelmente, escondia um segredo. As dúvidas dela fizeram com que se desinteressasse completamente por ele. Menos de um mês depois cada um foi para o seu lado.
Com a descoberta de um segredo ou de uma mentira os envolvidos se vêm obrigados a encarar a dura realidade. Separação ou saber compreender e perdoar faz parte do processo. O diálogo e o respeito são fundamentais para que se estabeleça a confiança mútua. O tempo acomoda tudo. É preciso dar uma nova oportunidade aos corações e mentes, numa composição perfeita e harmônica da energia e alegria de viver. Só assim o brilho da vida poderá renascer todos os dias.
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