“Os egoístas não sabem conversar; só falam de si próprios”.
(Amos Brondson Alcott)
É da nossa natureza querer dar e receber na mesma proporção. Quando essa troca de afeto, carinho e compreensão não acontecem na mesma medida, nos sentimos injustiçados. Sofremos com o desencanto e nos frustramos.
Quem só pensa em si próprio e deseja tudo para si é considerado egoísta. Essa pessoa não é capaz de amar nem a si próprio, pois amor é um ato de doação e o egoísta não gosta de dar nada, sem ter certeza do que vai receber em troca. A bem da verdade, o egoísta é um ser inseguro, que se considera esperto. Ele faz uso da chantagem por achar-se incapaz de atrair o amor de outras pessoas. E da inteligência para obter das pessoas aquilo que não é capaz de conseguir. É sempre um ser simpático, extrovertido que sabiamente extrai das pessoas aquilo que necessita. Ao acusar os outros de invejá-lo e persegui-lo, procura se autovalorizar. Mas, ninguém inveja quem não tem valor.
É preciso tomar muito cuidado para não confundir egoísmo com individualismo. Os avanços tecnológicos nos levam a passar cada vez mais tempo em atividades solitárias, como o uso do computador e do walk-man e dos jogos eletrônicos. Quando exigimos o respeito à individualidade queremos dizer que estamos exercitando a nossa capacidade individual, conscientes da nossa condição solitária de um ser inteiro e autônomo. O excesso de autonomia pode sim confundir, ou seja, aos olhos dos outros a pessoa pode parecer egoísta.
O egoísmo é uma espécie de doença do espírito. Felizmente, tem cura. Mas o remédio precisa vir de dentro para fora e começa com a constatação, pela própria pessoa, da necessidade de mudar de atitude.