“Um dia, um homem observou uma borboleta por várias horas, em uma pequena abertura, num casulo (invólucro construído pela lagarta). Ela se esforçava para fazer com que seu corpo passasse através daquele pequeno buraco.
Parecia que ela havia parado de fazer qualquer progresso. Tinha ido o mais longe que podia, e não conseguia ir adiante.
Então o homem, em sua humilde intenção, decidiu ajudar a borboleta. Pegou uma tesoura e cortou o restante do casulo. A borboleta saiu facilmente, mas seu corpo estava murcho e fraco. Era pequena e tinha as asas amassadas.
O homem continuou a observá-la porque esperava que, a qualquer momento, as asas dela se abrissem e se esticassem para poder suportar o corpo e voar. Mas nada aconteceu!
Na verdade, a borboleta passou o resto de sua vida rastejando com um corpo murcho e asas encolhidas. Ela nunca foi capaz de voar.
Aquele homem tão gentil, e com tanta vontade de ajudar, não compreendia o que acontecera. O casulo apertado e o esforço necessário para passar através da pequena abertura faria com que o fluido do corpo da borboleta fosse para as suas asas. Assim, ela estaria livre do casulo. Pronta para voar”.
Podemos observar nesta história que ela se aplica a todos nós. Sem esforço e determinação não é possível atingir os nossos objetivos. Estaremos sempre na dependência de terceiros para chegar a algum lugar. Posso citar um exemplo bem típico do final de ano que se aproxima: os pais passam o ano inteiro pedindo ao filho que estude. Às vésperas do vestibular enquanto os amigos “devoram” os livros, ele vai com os amigos para a balada. Quando ele não consegue ver seu nome na lista dos aprovados, se dá conta de que faltou garra.
Os pais não devem se desesperar e nem se culpar. Muitas vezes, o jovem ainda é imaturo e necessita de alguns tombos para aprender. Por outro lado, os pais não devem dar e nem fazer demais pelos filhos. Devem sim, zelar, ficar atentos. Algumas lições a vida lhes ensinará. É nos momentos de escolhas que a transformação pode acontecer. As mudanças começam no caos para chegar ao equilíbrio. A grande transformação é interna, vem de dentro para fora. Não adianta falar, falar, falar…
A vida é simples, o ser humano é que gosta de complicar tudo. Seria tão sensato decidir através de uma visão lógica, mas a vida prega surpresas em cada esquina. Não existem fórmulas mágicas.
Precisa-se de mais coragem, acreditar em seus sonhos, sentir a plenitude da vida. Cada um deve ter nas mãos as rédeas do próprio destino. Quem tem medo de ousar e espera que alguém pegue a tesoura e corte o restante do seu casulo, certamente, não sairá do lugar. As mudanças positivas fazem crescer, aproveitar melhor os momentos, perceber os insights. È bom ter em mente que sorte é aquilo que acontece quando a felicidade se encontra com a oportunidade. Portanto, não fique contando com milagres!
É conhecendo-se que dá para identificar o que realmente se quer da vida, quais as potencialidades, os pontos fracos e qual o caminho a seguir para crescer, transformar-se num ser melhor promovendo uma virada. Assimile tudo o que puder aprender com os erros e acertos que testemunhar, mas jamais se deixe influenciar por experiências que não são suas. É você que escreve a sua própria história. Faça acontecer. E se for preciso, chute o balde!