Dando continuidade à série de colaborações externas, publicarei alguns bons artigos de acadêmicos da área de Relações Internacionais. Dessa vez, publico alguns posicionamento bastante intrigantes sobre alguns fenômenos internacionais, de alunos do curso de pós-graduação em Relações Internacionais e Diplomacia da Universidade Positivo.

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Segue o texto esclarecedor de Valesca Walesko sobre a realidade do ciência sem fronteiras que muitos ignoram, a fuga de cérebros!

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Os escritórios de relações internacionais dentro das universidades brasileiras passaram a ter mais destaque quando, em 2011, com o intuito de promover a expansão e internacionalização da ciência e tecnologia, da inovação e da competitividade brasileira por meio do intercâmbio e da mobilidade internacional1, o governo federal  lançou o programa Ciência Sem Fronteira.

Este programa tornou as universidades brasileiras e seus estudantes alvo de interesse internacional, tanto pela qualidade de muitos deles quanto  como meio para auxiliar na internacionalização das universidades, tanto brasileira como estrangeiras.

Porém devido a ineficiência de alguns canais que regulamentam a ligação entre os envolvidos no programa, governo federal, instituições de ensino superior brasileiras, parceiros nos países participantes e estudantes beneficiados, o programa acaba não cumprindo efetivamente com seu propósito de preparar os estudantes brasileiros para propagar conhecimento pelo território nacional.

Inicialmente, já na seleção dos estudantes contemplados, há algumas falhas evidentes, vez que nem sempre os selecionados apresentam um desempenho acadêmico com destaque para agregar conhecimento nas áreas foco do programa, muitos desses acabam fazendo turismo sem fronteira, desvirtuando os objetivos do programa.

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Outro ponto a ser analisado é a evasão universitária, uma vez que muitos dos estudantes que se destacam no exterior e poderiam contribuir com o propósito do programa, acabam por concluir seus estudos na instituição hospedeira ou sendo convidados a dar continuidade aos mesmos (Mestrado ou Doutorado) fora do Brasil, sendo que infelizmente o governo federal não detém de instrumentos legais para reverter esta situação de ida sem volta.

Ainda, o deslumbre com as estruturas educacionais estrangeiras, com a infraestrutura, a qualidade de ensino e o investimento em pesquisa nas áreas foco do programa auxilia com essa evasão.

Nesse sentido, é necessária a criação de normas para reter o capital intelectual formado com esse imenso investimento, uma vez que o Brasil continua com déficit nas áreas prioritárias e durante os 4 anos do programa ainda não houve um reflexo positivo mensurável na relação custo benefício.

 

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