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Dando continuidade à participação de colaboradores gostaria de compartilhar a primeira parte do polêmico e bem desenvolvido texto do Internacionalista e Empresário Bruno Maggi Pissollo.

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O texto aborda a tendência de alguns países da América Latina por governantes populistas que encontram terreno fértil em um complexo de vira-latas muito comum por estes lados.

Ressalto o ambiente livre de debate que queremos fomentar e que consideraremos com muito carinho as percepções contrárias, as quais são absolutamente incentivadas e apreciadas, vez que o debate é o caminho do nosso crescimento, desde que ocorra polidamente, é claro!!!!!

Aproveitem o texto e comentem!!

Não é novidade pra nenhum de nós, latino-americanos, que temos uma ´´quedinha´´ com caudilhos populistas, exemplos desses líderes não faltam em nossa história e, infelizmente, também na atualidade.

Todo governo precisa de um mínimo de apoio popular, por mais autoritário e nefasto que seja, e por aqui o terreno é fértil pra encontrar apoio a essa gente.

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Uma das principais razões pra esse apoio é o nosso eterno complexo de vira-latas.

Embora essa expressão tenha sido cunhada por Nelson Rodrigues, pra se referir ao futebol (complexo que acabaria com a vitória da Copa do Mundo de 1958), o mesmo reconheceu que isso se estenderia a política, ciências, economia etc.

Entendo que esse complexo de inferioridade (que não se limita apenas ao Brasil, mas sim a toda América Latina) continua sendo mais atual que nunca, sempre queremos por a culpa em alguém por nossos problemas, como se a culpa nunca fosse nossa. O culpado sempre é uma potência estrangeira, que nos explora, já foi de Portugal (ou Espanha), depois do malévolo império britânico e hoje a culpa é dos yankees, quando não é da FIFA ou do COI.

Nesse contexto ficamos sempre aguardando por um caudilho salvador da pátria, que venha com um discurso anti-imperialista (contra tudo aquilo que o ´´império´´ representa, como o livre mercado, o individualismo, o respeito às instituições)  e que irá nos libertar das garras desses exploradores.

Não conseguimos acreditar que com o tempo, com o livre mercado, a livre iniciativa, respeito a propriedade privada, as leis e as instituições caminharíamos para o progresso econômico.

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Para os complexados isso demandaria que fossemos empreendedores e que nossas empresas competissem com as empresas ´´malvadas´´ dos países capitalistas, com as quais eles imaginam que jamais conseguiríamos competir, então acreditam que precisamos de um líder intervencionista.

Nem seria preciso dizer que esse complexo ajudou a criar um terreno propício para a difusão da agenda socialista, uma vez que a mesma é contra o capitalismo, o individualismo (tratando pessoas como formigas) e, em teoria, contra o imperialismo. Isso é tão óbvio e tão arraigado em nossa sociedade que é possível defender líderes sanguinários socialistas, como Che Guevara ou Fidel Castro, mas condenam , de mesma forma também sanguinário, Augusto Pinochet, vez que este promoveu reformas econômicas liberais e capitalistas, ou seja, ser sanguinário em nome da agenda socialista pode, mas para promover ideias liberalizantes não.

Esses complexados tendem a dizer que nosso modelo econômico é demasiado capitalista, que precisamos de mais intervencionismo estatal para nos proteger. Eu prefiro duas ou mais empresas disputando, com base no livre mercado, pra me prestar algum serviço do que uma empresa pública, autarquia ou o governo diretamente, seja qual for o governo, ainda mais se comandados por ditadores como os irmãos Castro, Hugo Chavez e Nicolas Maduro, além de populistas de esquerda como o casal Kirchner ou o PT. O que eles não entendem é que estamos tão distantes do capitalismo/liberalismo aqui na América Latina, como o planeta Terra esta distante da constelação de Ursa Maior, como diria o já falecido Senador Roberto Campos.”