Assassin’s Creed voltou — e do jeito que os fãs há muito tempo pediam. O novo capítulo da série, Syndicate, corrige todos os problemas do game anterior e parece colocar a franquia de volta nos eixos. E, para isso, a Ubisoft não precisou reinventar a saga e tampouco fazer uma revolução em suas estruturas. Na verdade, seu maior acerto foi saber se enxugar e remover seu excessos. O game reduz para ampliar — e isso é ótimo.
Com personagens carismáticos e um jogabilidade refinada, Syndicate retorna às suas origens e resgata aquilo que sempre foi a essência de Assassin’s Creed. A Ubisoft nos mostra que a História continua sendo seu playground e, ao nos levar à Londres do final do século XIX, ela traz uma ótima história que se aproveita do contexto da Revolução Industrial para introduzir uma série de novidades.
As carruagens que infestam as ruas da capital britânica são um exemplo disso. Mais que servirem de paisagem, esses veículos ajudam a fazer com que a movimentação pelo grande mapa seja muito mais ágil, além de gerar ótimas missões de perseguição. Além disso, os heróis contam com um novo modo de escalar as construções londrinas. O sistema de cordas dá mais agilidade a essa exploração vertical e facilita a sua vida na hora de saltar de um prédio para outro.
A própria escolha de personagens foi outra conquista de Assassin’s Creed: Syndicate. Pela primeira vez na série, temos dois assassinos jogáveis e que podem ser selecionados a qualquer momento. Os gêmeos Jacob e Evie Frye possuem uma ótima dinâmica entre eles, o que rende bons diálogos. Além disso, cada um possui um estilo próprio, o que é sentido na jogabilidade. Enquanto ela é voltada à ação furtiva, as habilidade de seu irmão já valorizam a pancadaria — como se espera de qualquer líder de gangue londrino.
No fim das contas, o que Syndicate faz é evoluir tudo aquilo que os games anteriores apresentaram ao mesmo tempo em que elimina aquilo que não é imprescindível para um bom jogo. Tanto que ele não conta nem mesmo com um modo multiplayer. E é exatamente isso que faz dele o melhor jogo da série desde Assassin’s Creed 2
E nada melhor do que aproveitar esse retorno às origens da saga para estrear o nosso novo programa. Nasce aqui o GPlay! O programa é um quadro semanal em que falamos não apenas dos principais lançamentos, mas também de outras novidades e assuntos quentes relacionados ao universo dos jogos. E falar de um dos títulos mais divertidos do ano é um ótimo começo — afinal “nada é verdade, tudo é permitido”.