No mundo ideal, o desemprego seria zero e os salários de todos seriam milionários. Só tem um problema: a gente não vive no mundo ideal, a gente vive no mundo real. No mundo real, o que determina os salários e o desemprego são duas coisas: a produtividade e a demanda para comprar produtos e serviços oferecidos por determinada empresa. A questão é que essa demanda oscila, variando de acordo com a força da economia: com a economia forte, as pessoas compram mais; se ela estiver fraca, as pessoas compram menos. Quando as vendas caem, e os salários não podem ser diminuídos, o resultado é demissão. Se os salários fosse mais flexíveis, o que aconteceria seriam acordos, no qual temporariamente as pessoas receberiam menos, mas não perderiam os empregos. Em outras palavras, quanto mais inflexível é o mercado de trabalho, mais alto tende a ser o desemprego. Essa é uma das explicações pelas quais o desemprego é mais elevado no Brasil do que na maioria dos países. Mas como é que a gente consegue fazer com que, não só o desemprego seja mais baixo, mas as pessoas ganhem cada vez mais? Para o desemprego ser mais baixo, o mercado de trabalho deve ser mais flexível. Uma das coisas que foi nessa direção é a reforma trabalhista. Outro aspecto importante é como fazer os salários subirem, e a resposta para isso é produtividade: só ganharemos mais se formos mais produtivos. Para isso, precisamos melhorar a educação, mais automação e menos burocracia.
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