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Ricardo Amorim

Ricardo Amorim

O home office e a maior revolução na forma de viver e trabalhar em séculos

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De acordo com pesquisa da USP com 1.300 pessoas, 70% gostariam de continuar trabalhando em home office, 19% não gostariam e 11% são indiferentes.

Nem todas as funções trazem esta possibilidade, mas se estes resultados se confirmarem e se sustentarem ao longo do tempo, a humanidade vai passar pela maior revolução na forma de viver e trabalhar em muito tempo.

Só para ficar nas consequências mais óbvias, isto trará transformações brutais no mercado de trabalho, em mobilidade, no mercado imobiliário, para o meio ambiente, em logística e em digitalização.

Para agradar seus colaboradores, atrair talentos e reduzir custos com escritórios, muitas empresas optarão pelo home office Ao eliminarem o escritório, não precisarão mais contratar só na cidade do escritório. Poderão contratar talentos de qualquer lugar do Brasil e do mundo.

Do lado do trabalhador, se não precisarem mais escolher onde morar em função da oferta de empregos, muitos sairão das megalópoles e irão viver no interior - em particular em cidades com boas escolas e segurança - na praia e no campo.

Haverá menos demanda por escritórios.

Menos cheias e com menos circulação de pessoas, as megalópoles terão menos trânsito. Com as pessoas passando mais tempo em casa e menos tempo no trânsito, imóveis pequenos e centrais vão se desvalorizar; imóveis mais distantes, mas maiores vão se valorizar. Com menos circulação nos grandes centros, a poluição diminuirá.

Com as pessoas e o mercado consumidor menos concentrada nas grandes cidades, a logística de distribuição será mais difícil e mais importante.

Tudo isso acelerará ainda mais a transformação digital.

Há inúmeras outras transformações significativas que ocorrerão, mas acho que já deu para ter uma ideia da revolução que vem por aí.

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