O que já dá para saber da equipe que o presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL) vem montando até agora? Primeiro: uma equipe com uma alta qualificação técnica. Isso é verdade nos cargos ligados à economia, com Paulo Guedes nesse superministério da Economia, Roberto Campos Neto no Banco Central, Joaquim Levy na presidência do BNDES e Mansueto Almeida continuando como secretário do Tesouro Nacional.
Uma equipe de primeira, mas não só na economia. O ex-juiz federal Sergio Moro, futuro ministro da Justiça e Segurança Pública, é outro exemplo. A gente vê também a Tereza Cristina no futuro ministério da Agricultura, uma deputada que entende do setor.
Não quer dizer que todas as indicações sejam acertadas. Eu, por exemplo, tenho preocupações com o diplomata Ernesto Araújo, futuro chanceler brasileiro. A gente vê alguém com ideias com potência de gerar ações negativas e conflitos desnecessários, apesar de eu estar absolutamente de acordo que a gente precisa ter uma política comercial externa diferente da praticada anteriormente.
Segundo ponto que chama a atenção na formação da equipe é a lógica utilizada. Redução brutal no número de ministérios e mudança no critério de indicação. O principal critério passou a ser técnico e/ou ligado às bancadas temáticas. Por exemplo, a indicação de Luiz Henrique Mandetta para o ministério da Saúde foi feita pela bancada do setor.
O resumo até agora é: um ministério tecnicamente capaz e reduzido, o que significa menos gastos e menos corrupção.
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