Crises econômicas e financeiras costumam trazer pânico. E pânico, por incrível que pareça, é o que traz as melhores oportunidades para quem quer investir. Sendo mais específico, no dia em que a Lehman Brothers quebrou nos Estados Unidos, há dez anos, isso gerou uma crise financeira em todo o mundo. Mas quem investiu nos Estados Unidos — que era o último lugar em que muitos investiriam naquele momento, já que o epicentro da crise foi a bolha imobiliária norte-americana –, quem arriscou na bolsa ali, dez anos depois, teve um retorno que triplicou seu capital. E no caso de empresas de tecnologia, o retorno foi ainda maior. A lição é muito simples: quando a maioria entra em pânico existe uma grande oportunidade para aqueles que têm coragem. E vale exatamente o contrário para quando a maioria se sente muito segura, que é o que acontece nos Estados Unidos hoje. Depois de oito anos de crescimento — o ciclo de crescimento econômica mais longo que o país já teve — a euforia é generalizada. Mas todos os ciclos de alta terminam. No caso americano, eles não estão muito longe do momento em que a economia vai desacelerar e a bolsa vai sentir. O Brasil está exatamente na contramão: os últimos anos foram péssimos, as expectativas são horríveis e é assim que se criam as oportunidades. Vamos ver o que acontece depois das eleições.