Só em 2017 as distribuidoras de energia da Eletrobras que o governo quer privatizar tiveram prejuízo de R$ 4,2 bilhões. Na média, essas empresas têm custos de salários equivalentes a três vezes o que a iniciativa privada paga pelo mesmo serviço. Essas distribuidoras têm índices de fraudes e roubos de energia maiores que os do setor privado. A consequência desses prejuízos gigantes é que todos nós, consumidores, pagamos contas de energia mais caras. Além disso, como os donos dessas estatais somos nós, brasileiros, é dinheiro nosso, através de impostos, que capitaliza essas empresas quando elas precisam. Uma das coisas que a privatização deveria permitir é que essa empresa seja gerenciada de forma mais eficiente, de forma que nós, consumidores residenciais, paguemos menos pela energia, e que os custos de produção sejam mais baixos no país. Aí é que vem a parte interessante. Como os salários são muito mais altos, o que os funcionários dessas distribuidoras estão fazendo é pressionar os congressistas para incluir na lei de privatização que eles não podem ser demitidos. Querem garantir estabilidade de empregos com salários muito mais altos, impedindo que um dos benefícios da privatização para a população possa acontecer. Em resumo, mais uma vez tem um grupo de interesses lutando para manter a sua boquinha às custas de todos os brasileiros.