Ações, fundos imobiliários, CDB, poupança, letras de crédito ou de câmbio, debêntures, Tesouro Direto, fundos de investimento ou outra aplicação financeira. Quem vai iniciar no mundo dos investimentos pode ficar confuso com tantas opções, especialmente se não tem conhecimento sobre as principais características de cada um eles. Mesmo com o trabalho que tem sido realizado pelas plataformas digitais de investimento, analistas e influenciadores, ainda há quem desconheça totalmente estas formas de investimento.
Se levarmos em consideração que há R$800 bilhões na poupança e milhões de poupadores – mesmo esta sendo uma das piores aplicações em termos de retorno, seja de curto ou longo prazo -, é possível afirmar que há um campo enorme para ser explorado no país.
Conforme tenho abordado nos últimos artigos – e nunca é demais repetir -, a poupança deve render cerca de 4,5% em 2019, número que representa apenas 70% da taxa Selic, a taxa de juros do Brasil, e próximo a inflação medida pelo IPCA no mesmo período. Nos três primeiros meses do ano, a aplicação apresentou retorno acumulado de 1,1% ou 0,37% ao mês. Entretanto, é importante salientar que apenas aqueles que aguardam o “aniversário mensal” obtém o retorno no mês, ou seja, há uma falsa sensação que a poupança possui liquidez diária.
Primeiro passo para investir
Por isso, o primeiro passo para entrada no mundo dos investimentos deve ser pelo produto de mais fácil entendimento, o Tesouro Selic. Poderia indicar algum fundo referenciado DI, alternativa também conservadora, mas há aqueles que ainda cobram taxas de administração fora da realidade atual, o que pode ser caracterizado como acima de 1% ao ano. Sendo assim, independentemente do perfil de investidor e objetivos a serem alcançados, este deve ser o primeiro movimento e, a partir deste, acompanhar a dinâmica e começar a se inteirar das características dos demais títulos públicos e do mercado como um todo.
Segundo passo
O segundo passo pode ser dado por um perfil que queira adicionar valor no longo prazo, ou seja, alguma alternativa menos conservadora e que, portanto, poderá trazer retorno maior e, por consequência, mais risco.
Dessa forma, há algumas possibilidades, seja no mercado de renda fixa ou variável. Se iniciarmos com opções conservadoras há os títulos privados, em que é possível incluir as debêntures e os certificados de recebíveis dos setores imobiliário (CRI) e do agronegócio (CRA).
No entanto, em geral, é necessário investimento maior que R$1 mil nestes e que, por essa razão, uma possibilidade seriam os fundos de investimento que gerem ativos como estes e não eles diretamente.
Terceiro passo
Por fim, caminhamos para os ativos de renda variável, onde estão as ações e os fundos imobiliários. Na primeira opção, a sugestão é iniciar com empresas já conhecidas do grande público, com bom histórico de reputação e resultados, como os bancos Itaú e Bradesco, empresas do setor de varejo, como Lojas Renner, Ambev e Lojas Americanas, entre outras.
Já o segmento de fundos imobiliários, que tem apresentado forte crescimento nos últimos anos e que já conta com quase 300 mil investidores, também apresentam boas opções para investir. As carteiras recomendadas de instituições podem ser boas fontes de aprendizado e aquisição de conhecimento além de apresentar as melhores oportunidades do momento, segundo os analistas.
Dadas as grandes perspectivas de crescimento no setor, o investidor, de qualquer perfil, tem que dar o primeiro passo. Se mesmo assim ainda tiver dúvidas em relação a quanto investir, a sugestão seria para 80% no Tesouro Selic em plataformas digitais que não cobram taxas. Após isso, para um desenvolvimento maior e com a visão de gerar valor, é importante acompanhar a dinâmica da economia e, por consequência, do mercado por meio da mídia ou especialistas. Não deixe também de realizar aportes recorrentes, criando assim a sua verdadeira poupança.
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