Economistas se dividem sobre solução para retomada do PIB| Foto: Nelson Almeida/AFP

Estamos a pouco mais de uma semana de encerrar mais um ano. Para muitos, 2019 foi especial, cheio de novidades. Este ano também ficará marcado pelo número de tragédias que levaram alguns famosos e anônimos a outro plano, em especial aqui no Brasil.

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Também ficou caracterizado como o primeiro do governo do Presidente Jair Bolsonaro. Na minha visão, é claro que enxergamos melhoras significativas no campo econômico, mesmo após as desconfianças que víamos dia a dia sendo divulgadas na imprensa. Aliás, o tema “ruídos” no curto prazo é que realmente deixará marcas em 2019. Tanto aqui quanto nos EUA, do presidente Donald Trump, vimos polêmicas sendo postas em xeque e exaltadas diante do grande público. Fato é que após estes 360 dias a taxa de juros no Brasil, a Selic, recuou de 6,5% para 4,5% ao ano, a inflação medida pelo IPCA encerrará novamente abaixo de 4,0%, a reforma da Previdência foi aprovada e vemos diariamente ministros e secretários trabalhando para fortalecer o programa de concessões e privatizações do país, visando assim a diminuição do Estado na participação do brasileiro.

No cenário externo o que mais chamou atenção, além dos tuítes de Trump, foi a chamada guerra comercial entre EUA e China. Mesmo sabendo que ainda teremos muitos capítulos à frente, 2019 sem dúvida ficará na memória com as discussões que iam e vinham quase que diariamente. Uma primeira fase parece ter ficado para trás, mas certamente ainda teremos desdobramentos que devem impactar o comércio global como um todo ainda no próximo ano. Já na América do Sul assistimos a ascensão do novo comandante ao governo Argentino após quatro anos de Mauricio Macri no poder. Com as eleições realizadas e vencidas por Alberto Fernandez, o dólar disparou ante a moeda local e encerrará o ano com alta de cerca de 60%, outro fator que trouxe consequências a economia brasileira dada a relevância do comércio bilateral entre os dois países. A renúncia de Evo Morales na Bolívia e os protestos populares no Chile, Venezuela e, em território asiático, em Hong Kong, também não poderiam deixar de constar dessa retrospectiva.

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Apesar de todo esse quadro, tanto nacional quanto lá de fora podemos considerar que 2019 foi um ano interessante para os ativos brasileiros. Chegaremos ao 4º ano consecutivo de crescimento na bolsa, sendo que apenas neste o Ibovespa deve fechar com cerca de 30% de alta, sustentado por alguns ativos que subiram mais de 100% no ano como Qualicorp, Banco BTG, Via Varejo, Intermedica, JBS, Magazine Luiza, Cosan, Estacio e Cyrela. No lado negativo, apenas 5 dos 68 ativos que compõem o principal índice da bolsa brasileira estão no terreno negativo, com destaque para a petroquímica Braskem e a operadora de viagens CVC que recuam cerca de 30%. É fato que ainda temos alguns pregões até o encerramento do ano e que diante disso algumas situações poderão ser invertidas, mas pela perspectiva de termos poucas novidades até lá, é bem possível encerrarmos com algo próximo a este cenário. Ainda no mundo da renda variável nacional, o IFIX, índice que acompanha os fundos imobiliários, avança estupendos 31%. Apenas em dezembro este pode fechar com alta expressiva de 6%, como encontra-se até o encerramento deste pregão.

Nas bolsas internacionais tudo azul também. Dentre as principais que movimentam o cenário mundial estão os índices nos EUA como S&P500, Dow Jones e Nasdaq que apresentam altas consideráveis até aqui de 29%, 22% e 37%, respectivamente. Vale ressaltar que com esses avanços, os índices norte-americanos estão na máxima pontuação histórica. Na Europa encontramos o mesmo cenário com as bolsas avançando de forma relevante na Alemanha, França e Itália. Todo esse otimismo pode ser explicado pela perspectiva de acordos comerciais, Brexit entrando em fase de resolução, queda de juros nos EUA ao longo dos últimos meses e pela principal economia do mundo avançar ante expectativas mais pessimistas.

No lado das moedas, conforme já comentei, o grande destaque fica com a desvalorização do peso argentino. Em relação às outras, de mercados emergentes, a Lira Turca e o Peso Chileno devem apresentar desvalorização próximas de 10% ante o Dólar. Já o Real, com a queda em dezembro poderá perder seu valor em comparação a moeda norte americana em apenas 5%, após passar por “gangorra” em 2019.

Por fim, no campo das commodities, assim como nas bolsas internacionais, também veremos performances consistentes, com o petróleo e minério de ferro apresentando rentabilidade acima de 30%. Mesmo o ouro, que costuma ter valorização expressiva em momentos de tensão, sobe cerca de 15%.

Enfim, alguns podem perguntar sobre a indústria de fundos ou ativos de renda fixa, mas fica a sugestão de que é algo específico e seria necessário buscar nome a nome. No entanto, a tendência em geral é terem apresentado boas performances também, sendo cada um de acordo com seus respectivos riscos. Importante ressaltar que entraremos em 2020 com perspectivas melhores, em termos econômicos, quando comparado ao que tivemos nos anos anteriores e o PIB de 2020 poderá ser, inclusive, o dobro daquele de 2019, um ano que fecharemos de forma positiva, pelo menos no que tange ao mundo dos investimentos.

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Um abraço, ótimas festas e voltamos logo no início de janeiro para seguir nossa jornada de transformar a educação financeira do nosso povo.