Quando uma pessoa consegue guardar dinheiro e decidi investir no Brasil, a principal escolha, infelizmente, ainda é a poupança. Segundo dados da Associação Brasileira das Entidades dos Mercado Financeiros e de Capitais (Anbima), 85% dos brasileiros tem uma conta nesta aplicação, que neste ano já acumula R$ 11,1 bilhões em captações líquidas. Dados surpreendentes se levarmos em consideração que o rendimento previsto para 2018 deverá ser pífio – cerca de 4,5% – , próximo da projeção da inflação oficial (IPCA) de 4,2% e muito inferior a outros tipos de investimentos.
Neste cenário, a pergunta é: ainda faz sentido colocar dinheiro na poupança? A resposta é não. Inclusive, nem a coloco como um investimento e sim uma aplicação de baixo rendimento como outras existentes no país. A explicação para isso é muito simples. Hoje, com a Selic em 6,5% ao ano, quem faz esse tipo de aporte tem uma rentabilidade de 0,37% ao mês, ou seja, com R$ 10 mil esse valor chegaria a R$ 10.037 no “mesversário” de 30 dias.
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Esse número poderia ser 40% maior se a mesma quantia fosse investida em um CDB de liquidez diária e de baixo risco, especialmente se considerarmos o longo prazo, onde os juros compostos fazem extrema diferença no retorno final. Já em aplicações em que o investidor poderia deixar este mesmo valor alocado por um período maior de tempo, cerca de 2 anos, os mesmos CDBs de bancos médios e pequenos podem oferecer taxas de 0,64% ao mês e ainda com a garantia do Fundo Garantidor de Créditos (FGC).
Com todas essas cartas abertas na mesa, por que é que o brasileiro ainda tem apego à poupança? Há vários fatores relevantes. Um deles é que as pessoas ainda acreditam que é um bom investimento, de baixo risco e grande liquidez. Mas, como foi possível ver acima, isso é só uma crença ou uma lenda. E o que faz as pessoas acreditarem que a poupança pode ser uma boa opção é o fato de desconhecerem os diversos tipos de investimentos. Não somos educados neste sentido. E, obviamente, quem não entende não consegue pensar em outras alternativas.
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A educação financeira, tão ausente por aqui, é a chave para essa mudança de comportamento e acredito que ainda veremos essa evolução, mas apenas no médio prazo. Hoje, graças à internet e as inovações que ela propicia, há dados qualificados e acessíveis sobre o assunto. Uma boa fonte para quem quer se aprofundar são as plataformas digitais de investimentos, que oferecem informações para que qualquer um aplique de forma segura e inteligente, ampliando substancialmente a rentabilidade de acordo com seu perfil e objetivos. Prova disso é que o número de novos investidores cresce substancialmente mês a mês, embora ainda muito longe daquilo que poderemos ver nos próximos 5 anos.
Os brasileiros têm a faca e o queijo na mão para mudar esse jogo, basta procurar as informações, afinal, não é necessário mais do que R$ 30 para começar a investir de verdade. Basta começar!
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