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O tradicional CDB é uma das modalidades de investimento em renda fixa mais conhecidas no país. No entanto, antes de abordar ele em si, vejo que é importante falarmos sobre o segmento mais conservador das aplicações financeiras. Investir em renda fixa é o mesmo que emprestar dinheiro para alguém, como banco e empresa – através de Títulos Privados – ou para o governo – via Títulos Públicos – e, em contrapartida, você, como investidor, recebe uma remuneração sobre isso. Para o emissor do ativo é uma forma de captar recursos e financiar projetos ou negócios. Na prática, na grande maioria das vezes, aplicações de renda fixa atraem pela previsibilidade e representa aquele investimento em que as condições de rentabilidade são determinadas no momento da aplicação. Também há aplicações que são pós fixadas, ou seja, dependem do indexador a que estiver atrelada. Dentre os principais índices que servem de base para “nortear” a correção das aplicações estão: a taxa Selic (taxa básica de juros), CDI (taxa de juros interbancária) e o índice de inflação IPCA.

Voltando, o CDB, um título privado emitido por bancos, tem o objetivo de captar recursos para financiar atividades como, por exemplo, de crédito. Os pós-fixados, mais comumente ofertados pelas instituições financeiras, acompanham a variação no período de aplicação da taxa de juros do país. Dentre outras características, podemos citar também que contam com o “seguro” do Fundo Garantidor de Crédito (FGC); há aqueles que possuem liquidez diária, entretanto, os mais rentáveis, possuem carência; e que, em geral, não há custos para essa modalidade de aplicação. Por estas razões, realizar aplicações em CDB é indicado para investidores que desejam diversificação, priorizam segurança e, possivelmente, querem resgatar os recursos aplicados no curto e médio prazo.

Do ponto de vista prático, os CDBs se comparam aos investimentos em poupança e aos títulos do Tesouro Selic. Obviamente, para efeito de comparação, todos estes devem possuir como indexador a taxa de juros (Selic) e, por esta razão, podemos realizar simulações pensando em um futuro próximo. No entanto, antes disso, é relevante ressaltar que investir em CDBs de bancos grandes, os chamados tradicionais, é diferente de realizar em plataformas digitais de investimento que oferecem mais de uma oportunidade. Se pesquisar, verá que nos grandes bancos a taxa oferecida ao investidor, a depender do montante, é próxima a 85% do CDI, ou seja, uma remuneração anual de 5,44% considerando a taxa atual do indexador de 6,4% ao ano. Já as instituições de pequeno e médio porte chegam a oferecer acima de 100% do CDI, chegando esta taxa a números próximos ou até acima de 115%, ou seja, 7,36% de referência deste texto, o que nos traz uma diferença de 35% no período da aplicação. Já a poupança, sabemos que pela regra atual, sua remuneração é de 70% do CDI.

Em uma simulação detalhada, com aplicação inicial mínima de R$10 mil e 2 anos de vencimento, chegamos a números contundentes. Ao final deste período, o investidor teria R$11.323 nos títulos do Tesouro Selic, R$10.890 na poupança e R$11.534 em um CDB cuja taxa é de 115% do CDI com a taxa de juros permanecendo no patamar atual de 6,5% ao ano. Se incluirmos um CDB que pague 85% do CDI, teríamos ao final desta aplicação R$11.113. Desta forma, um dos primeiros questionamentos antes de realizar a aplicação deve ser: quantos por cento do CDI o CDB terá como rendimento.

Portanto, é cada vez mais evidente que há alternativas de investimento mais rentáveis que aquelas históricas que conhecemos e que, para conseguir um retorno financeiro melhor, é necessário ir atrás destas opções em vez de simplesmente ficarmos acomodados na antiga situação que o país nos oferecia há cerca de uma década.

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