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Enquanto assistiam ao nascer do sol em um festival de música em Israel, jovens notaram parapentes coloridos no céu. Muitos pensaram que era uma surpresa preparada pelos organizadores do festival. Mas, de repente, começam a chover tiros de fuzil. Assim se iniciou o ataque terrorista de 7 de outubro, que produziu o maior massacre de judeus desde o Holocausto.
Depois de disparar quase 5 mil mísseis contra Israel, milhares de terroristas do Hamas atacaram cidades e kibbutzim, fuzilaram famílias inteiras, cometeram estupros, atearam fogo em pessoas e sequestraram dezenas de reféns, alguns dos quais foram exibidos, sangrando ou mortos, pelas ruas de Gaza. Os terroristas filmaram seus crimes. Os vídeos foram postados nas redes sociais das vítimas.
Não é possível calar diante de quem ameniza, apoia ou justifica crimes. Apatia diante do terror é a semente do mal.
Em resposta, Israel declarou guerra aos terroristas. É uma guerra que tem como objetivo, segundo um porta-voz das Forças de Defesa Israelenses, “maximizar os danos ao Hamas e minimizar os danos à população civil de Gaza”.
Desde 2007 o Hamas controla a Faixa de Gaza, onde vivem 2 milhões de pessoas. Gaza, junto com a Cisjordânia, são os dois territórios administrados autonomamente por palestinos. São sementes potenciais de um futuro Estado. Mas, enquanto a Cisjordânia é administrada pela Autoridade Nacional Palestina, que busca convivência, o Hamas quer a destruição de Israel. Esse é o objetivo declarado em seu estatuto.
O massacre revelou uma falha do serviço de inteligência de Israel, um dos melhores do mundo. Ainda não há uma explicação razoável para isso, especialmente quando a preparação de um ataque como esse leva meses.
Enquanto os criminosos nazistas tentaram ocultar seus crimes monstruosos, o Hamas escolheu transmitir seus crimes ao vivo.
Qual foi o objetivo do massacre, além de expressar ódio fundamentalista? Uma possível razão é que Israel e Arábia Saudita estão prestes a assinar um acordo. Israel fez grandes descobertas de gás ao longo dos últimos anos, e tem hoje reservas confirmadas de um trilhão de metros cúbicos, com enorme valor potencial de mercado. A Arábia Saudita teria se interessado pelo projeto de um gasoduto submarino que, atravessando o Mediterrâneo, pudesse abastecer a Europa, substituindo o gás russo.
Um projeto como esse poderia significar a independência energética da Europa, o que contraria o interesse de países como a Rússia, por exemplo, que é aliada do Irã. O Irã, tudo indica, deu apoio ao terror. A paz entre Israel e os sauditas também incomodaria o Hamas, que tem origem na Irmandade Mulçumana, um partido fundamentalista inimigo da monarquia saudita.
A brutalidade do ataque mostra a intenção de provocar uma reação dura de Israel, que resultaria na destruição de partes de Gaza, talvez levando países árabes a ficar do lado do Hamas. Em Gaza, os terroristas usam a mesma estratégia usada pelos traficantes das favelas brasileiras: eles usam civis como escudos humanos. O Hamas coloca lançadores de foguetes em áreas densamente povoadas; quando Israel se defende atacando essas bases, mesmo tomando todos os cuidados possíveis – inclusive avisar do bombardeio com antecedência – vítimas civis são inevitáveis. Boa parte da mídia, então, culpa Israel.
Inacreditavelmente, há analfabetos morais – políticos, intelectuais e ativistas; todos, pelo que pude observar, de esquerda – que declaram apoio ao Hamas, mesmo diante das atrocidades. Um dos argumentos é que se trata de “resistência anticolonial” ou “descolonização”. Essa posição é uma aberração.
Qual foi o objetivo do massacre, além de expressar ódio fundamentalista?
Sequestro, estupro, tortura e execução de civis são crime contra a humanidade. Quem defende isso precisa procurar ajuda, ou ser penalizado duramente. É absurdo fazer qualquer paralelo entre Israel e as antigas potências coloniais. Israel é uma sociedade livre, integrada e democrática, que não explora nenhuma “colônia”. Ao contrário: Israel oferece oportunidades de emprego e progresso material e intelectual a milhares de árabes que entram em Israel para trabalhar todos os dias. O país tem cidadãos árabes, que possuem os mesmos direitos que os judeus. É Israel que fornece eletricidade e água para a Faixa de Gaza.
Pessoas bem-intencionadas, mas sem compreensão da história ou incapazes de refletir sobre a situação, fazem apelos pelo fim dos “conflitos”. Isso geralmente acontece quando Israel contra-ataca os terroristas para eliminar a ameaça. Mas o momento ideal para discutir o fim dos conflitos é antes que mísseis sejam lançados contra Israel, antes que famílias sejam massacradas, antes que mulheres sejam violentadas e mortas.
Outros críticos, nem tão bem-intencionados, exigem “proporcionalidade” nos contra-ataques de Israel. É um argumento curioso. Que tipo de contra-ataque seria proporcional ao que os terroristas fizeram? Que resposta é adequada a um inimigo que sequestra crianças, as aprisiona em jaulas, e depois as decapita, misturando e espalhando seus corpos para que eles se percam das cabeças?
Esse foi o pior massacre de judeus desde o Holocausto. Enquanto os criminosos nazistas tentaram ocultar seus crimes monstruosos, o Hamas escolheu transmitir seus crimes ao vivo. Os terroristas cometeram atos sádicos contra pessoas indefesas, rindo e se divertindo, com se estivessem em um reality show.
Que uma parte da mídia tenha escolhido chamar os terroristas de “combatentes” é sinal de que algo muito grave está acontecendo. Não é possível calar diante de quem ameniza, apoia ou justifica esses crimes. Apatia diante do terror é a semente do mal.
Conteúdo editado por: Jocelaine Santos