Ouça este conteúdo
“A tolerância libertadora, então, significa intolerância contra movimentos de direita e tolerância em relação a movimentos de esquerda”
-Herbert Marcuse, A Crítica da Tolerância Pura, 1965
*****
Ser “de esquerda” não significa que uma pessoa seja desonesta ou mau caráter. Ser “de esquerda” significa, a princípio, apenas que a pessoa defende ideias equivocadas sobre política, economia e moral.
É lógico que a maioria dessas pessoas não entende o que defende. Poucas conhecem o significado de “socialismo” ou as consequências reais do sistema comunista. Tudo o que elas conhecem são versões purificadas e embrulhadas para presente, mentiras diluídas na água açucarada da cultura popular e empacotadas para consumo de massa por demagogos, “intelectuais” lacradores e a grande mídia.
A esquerda propõe um modelo que jamais deu certo, em lugar algum. É um sistema que viola as leis econômicas, movido a ressentimento e inveja e de caráter intrinsecamente totalitário. Todas as vezes que comunistas chegaram ao poder o resultado foi o mesmo: ditadura. Não há, na história, uma única exceção.
Muita gente é de esquerda quando é jovem e inexperiente, mas depois, quando se educa e amadurece, muda de posição.
Mas há outro ponto, igualmente importante, que nunca deve ser esquecido: ser de direita não significa, necessariamente, que uma pessoa é boa, virtuosa ou justa.
Quem é de direita deveria defender os direitos naturais, a liberdade, o livre mercado e a primazia do indivíduo sobre o Estado. A primeira tarefa de quem é de direita é se opor a todo o ideário da esquerda. Mas algumas pessoas podem defender (ou dizer que defendem) as ideias da direita, e ainda assim serem péssimas pessoas.
Todas as vezes que comunistas chegaram ao poder o resultado foi o mesmo: ditadura. Não há, na história, uma única exceção
Ser “de direita” não basta; é preciso ser do bem.
Se você não é de esquerda, parabéns: você está evitando um enorme erro. Mas é preciso mais: é preciso conhecer as ideias importantes da humanidade, buscar a justiça, a virtude e a verdade, e cultivar a dimensão transcendente da experiência humana através da espiritualidade e da fé.
Em resumo:
Ser de esquerda é um equívoco moral e intelectual, mas não é, necessariamente, uma sentença definitiva de caráter ou comportamento. Sempre existe a possibilidade de recuperação.
Ser de direita é defender as ideias do progresso e da liberdade, mas não significa garantia de honestidade ou caráter. Há quem afirme ser de direita, e ainda assim, faça as piores coisas.
Embora a posição política tenha evidente influência sobre o comportamento, há muitas, frequentes e importantes exceções a essa regra. Essa observação leva muita gente a acreditar que a distinção fundamental não está entre esquerda e direita, mas entre posições democráticas e antidemocráticas.
Isso representa um problema: vivemos tempos nos quais a palavra democracia foi sequestrada, deformada e recrutada para prestar serviços ao totalitarismo.
Uma linha divisória melhor, então, seria o respeito aos direitos naturais: direito à vida, direito de ir e vir, liberdade de expressão, direito à propriedade e direito à autodefesa.
Ser de direita é defender as ideias do progresso e da liberdade, mas não significa garantia de honestidade ou caráter.
Além disso, vale a pena lembrar outros dois fundamentos da civilização ocidental:
Primeiro: ninguém será preso sem o devido processo legal, sem que saiba do que é acusado e sem ter direito à ampla defesa.
Segundo: todos são iguais perante a lei.
Conteúdo editado por: Jônatas Dias Lima