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Roberto Motta

Roberto Motta

Não se renda

(Foto: Luni/Pixabay)

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Este é um dos momentos mais difíceis da história recente do Brasil. A sensação é de que andamos em círculos, sem perspectivas. Não tenho dúvida de que tempos melhores nos esperam. Mas para chegar nesse futuro melhor, precisamos primeiro sobreviver.

A vida do brasileiro é um sobressalto atrás do outro, a maioria deles provocada ou facilitada pelo Estado. Sempre foi assim. A única exceção, pelo que me lembro, aconteceu entre 2019 e 2022. Foi um período em que autoridades falavam da necessidade de diminuir o Estado, de cobrar menos impostos, de aumentar a liberdade econômica e devolver ao cidadão o controle sobre suas escolhas. Esse tempo acabou, pelo menos por enquanto. O que fazemos agora?

Quem me acompanha sabe que não tenho soluções mágicas para oferecer. Quem me acompanha sabe que acho errado simplificar coisas que são muito complexas. Por trás de todos os acontecimentos graves há coisas importantes que não sabemos. As narrativas que chegam até nós são cuidadosamente elaboradas. O pouco que conhecemos da realidade é resultado da ousadia e da determinação de alguns políticos e jornalistas corajosos, que sempre serão muito poucos.

O radicalismo na política e na vida é um erro. Estou convencido disso. Procuro ser ponderado e equilibrado em minhas manifestações. Isso não significa que eu seja neutro, isentão ou de centro. Tenho posições firmes, construídas ao longo de uma caminhada pavimentada com ilusões estilhaçadas. Hoje me classifico como um conservador liberal – um liberal cujos excessos foram podados pela política da prudência conservadora.

O que estamos vivendo é consequência de ideias erradas disseminadas entre nós durante décadas

Chegamos ao ponto essencial desse artigo, que é repetir uma recomendação: não embarquem nas canoas furadas da histeria e do radicalismo. Radicalismo político é o mal que se apresenta como cura. A história está cheia de exemplos, desde a disputa entre Cícero e Catilina, na Roma do ano 63 antes de Cristo, até a orgia sanguinária dos revolucionários franceses de 1789. Não há nada de novo sob o sol.

Isso não quer dizer que devamos ficar calados diante do erro, da covardia e do crime – de forma alguma. Minha missão diária é entender o que acontece e explicar isso a quem me acompanha. Essa missão também é sua.

Comece com aqueles ao redor. Ilumine a mente das pessoas a sua volta. O que estamos vivendo é consequência de ideias erradas disseminadas entre nós durante décadas. Vai levar algum tempo até revertermos isso. Mas não podemos desistir. Seja a resistência sempre que puder.

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Estude, seja admirado no trabalho, construa uma boa vida, economize para comprar uma casa, escolha uma boa pessoa para casar e formar uma família. Tenha filhos, eduque-os, proteja-os e faça deles sua prioridade.

Cuide do meio ambiente como você cuida da sua casa, sem se render à nefasta ideologia do ambientalismo extremista. Faça como eu: recolha o lixo na praia – o lixo deixado pelos radicais do meio ambiente.

Seja gente boa. Faça o bem. Ame. Deixe descendentes. Deixe esse planeta um pouco melhor do que você o encontrou.

Se você pensa assim – se você pensa como eu – talvez você não tenha percebido, mas você é de direita.

Que essa consciência traga paz ao seu coração. E seja muito bem-vindo ao nosso grupo.

Conteúdo editado por: Jocelaine Santos

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