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Roberto Motta

Roberto Motta

Santa Paciência

Vista geral do Trocadero e da Torre Eiffel durante a cerimônia de abertura das Olimpíadas de Paris
Cerimônia de abertura das Olimpíadas de Paris 2024 trouxe cenas de "drag queens na Santa Ceia" (Foto: EFE/EPA/Joel Marklund/POOL)

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A paródia da Santa Ceia, encenada na abertura das olimpíadas, não foi uma “crítica à religião”, nem uma afirmação da “diversidade” (seja lá o que for que isso ainda significar) ou qualquer outra coisa remotamente positiva.

O que milhões de pessoas assistiram foi um abuso, uma molecagem grosseira e ofensiva.

A encenação foi a caricatura debochada de um dos eventos mais sagrados do cristianismo. Ela representou uma agressão deliberada aos 3 bilhões de seres humanos que professam a fé cristã. Foi um ato minuciosamente montado para agredir, chocar e ofender através da sugestão de profanação do sagrado.

É desnecessário dizer que o desprezo da turma woke pelos valores alheios desmascara o discurso progressista de “respeito” e “tolerância”. Esse discurso tem mão única. Ele se aplica somente aos valores “progressistas”. Para todos os outros – principalmente os religiosos – respeito é desnecessário.

Quem planejou a profana ceia sabia muito bem o que estava fazendo e quais seriam as consequências. Não é razoável acreditar que os autores da zombaria esperassem qualquer resultado que não fosse discórdia, repulsa e ressentimento. 

O extremismo islâmico ameaça a Europa, enquanto ditaduras teocráticas como o Irã financiam terroristas e se armam para explodir o mundo. É inacreditável que, nesse contexto, organizadores de uma olimpíada em um país ocidental tenham considerado apropriado enviar ao mundo uma mensagem de chacota e desprezo por um dos pilares do Ocidente, o cristianismo.

Quem planejou a profana ceia sabia muito bem o que estava fazendo e quais seriam as consequências

Milhões de pessoas assistiram atônitas a uma pantomima hedonista e desrespeitosa, exemplo perfeito da arrogância progressista e de seu desejo de redesenhar a sociedade usando exotismo sexual e promiscuidade como elementos definidores do ser humano. Os ungidos pós-modernos também decidiram, justamente na abertura de uma olimpíada, contrapor uma estética disfuncional e grosseira ao modelo de harmonia e beleza que caracteriza os jogos olímpicos.

Quem toma uma decisão como essa não está defendendo a liberdade ou lutando pelos direitos de ninguém. 

Os financiadores, promotores, atores e divulgadores dessa catástrofe moral buscaram apenas autopromoção - seus 15 segundos de fama - com os correspondentes retornos financeiro e político. Diante da previsível reação negativa, ganharam o bônus de posar de vítimas.

Mas há perguntas que o Ocidente precisa responder. A primeira delas é: como é possível que um equívoco como esse tenha sido montado e exibido em um evento olímpico sem maiores consequências? 

A melhor explicação talvez esteja na fraqueza da maioria dos líderes ocidentais, que se transformaram em meros avalistas de toda e qualquer tolice originada na extrema-esquerda identitária, por mais destrutiva que seja. 

Só isso explica a escolha de um espetáculo de automutilação cultural para a abertura de um dos eventos mais simbólicos da herança do Ocidente.

Está na hora do Ocidente despertar.

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Conteúdo editado por: Jônatas Dias Lima

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